Greve no Itamaraty deve prejudicar emissão de vistos e passaportes

Renata Giraldi - Agência Brasil
22/08/2012 às 14:07.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:39

Brasília – Alguns dos serviços prestados por consulados do Brasil no exterior podem ficar prejudicados, a partir desta quarta-feira (22), com a greve dos oficiais de chanceleria e assistentes de chancelaria e demais funcionários do Ministério das Relações Exteriores. A previsão é que atividades como emissão de vistos e de passaportes e liberação de documentos sejam afetadas pela paralisação, deflagrada hoje. Segundo os grevistas, também devem ser prejudicados vários serviços prestados pelo Itamaraty no Brasil. Durante a paralisação, atividades como legalização de certidões e diplomas para brasileiros interessados em seguir para o exterior não serão executadas. O comando de greve reúne-se nesta tarde com os negociadores do governo do Ministério do Planejamento.   O movimento é coordenado pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores (Sinditamaraty). O Sinditamaraty informou que 28 postos do Brasil no exterior aderiram à paralisação em todos os continentes.   Paralisaram suas atividades os consulados do Brasil em Buenos Aires; Havana; Ciudad del Este, no Paraguai; Londres; Madri e  Barcelona, na Espanha; Porto, em Portugal; Frankfurt, na Alemanha; Bruxelas; Berna,   Zurique e Genebra, na Suíça; Sydney, na Austrália; e nas capitais da Índia, Nova Delhi, e da Nigéria, Abuja.   Não há, ainda, uma informação sobre o número de funcionários do Itamaraty que aderiram à greve. Os servidores reivindicam garantia de pagamento de subsídios para os oficiais e assistentes de chancelaria quando se aposentam. Atualmente, apenas os diplomatas têm esse direito assegurado.   O porta-voz do Sinditamaraty, Helder Pereira, disse à Agência Brasil que também está em discussão a equiparação salarial dos oficiais e assistentes de chancelaria a carreiras correlatas. De acordo com o sindicato, o salário inicial de um oficial de chancelaria é R$ 6,2 mil e o de um assistente, R$ 3,2 mil. Um diplomata em início de carreira recebe cerca de R$ 9 mil. O Sinditamaraty também reivindica a recomposição das perdas salariais dos últimos 25 anos.   “Para nós, é fundamental garantir o pagamento de subsídios para os oficiais e assistentes, assim que se aposentam, pois, quando estamos na ativa, recebemos gratificações e benefícios, e é importante manter esses direitos incorporados aos salários”, disse Pereira.

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