(Bruno Haddad/Cruzeiro)
Um Cruzeiro com sotaque carregado pelo castelhano falado pelos argentinos que se encontram no elenco, um time que, pela raça e alma portenha, pode chegar ainda mais longe na Copa Libertadores da América.
Ariel Cabral, Lucas Romero e Hernán Barcos, todos esses "hermanos" estarão à serviço de Mano Menezes na importante partida contra o Boca Juniors-ARG, nesta quarta-feira, às 21h45, em um dos palcos mais emblemáticos do futebol: La Bombonera. E o fato de esses atletas falarem a mesma língua da arbitragem pode minimizar a vantagem do Boca, que, além de atuar em casa, "habla" o mesmo idiona dos donos do apito.
"É sempre bom ter essa alma (portenha), a malandragem que o argentino tem muito, nós vamos ver isso contra o Boca. Então é sempre bom trazer isso para o grupo, isso é importante", ressaltou Barcos, quando perguntado se o estilo argentino poderia ajudar o Cruzeiro diante dos Xeneizes.
Apesar de ser reserva, o volante Ariel Cabral é outro que ressalta a importância dos gringos em um torneio que coloca os brasileiros em desvantagem em relação à língua mãe, já que o português está longe de ser o idioma mais falado na América do Sul.
"Ajuda sim (presença dos gringos), mas o Brasileiro aqui já fala um portunhol, porque a gente conversa muito. Vamos tentar fazer o máximo possível para ajudar os brasileiros no campo", comentou o meio-campista.
Além de Lucas Romero, Barcos e Ariel Cabral, o Cruzeiro tem em seu elenco outros atletas que falam espanhol: Mancuello, lesionado e que está fora da partida desta quarta, e o meia-atacante uruguaio Arracaeta, cortado da relação por causa de problemas médicos.