O grupo Ansar Beit al-Maqdis (Campeões de Jerusalém), que é ligado à rede terrorista Al Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque suicida à sede da polícia em Mansoura, que deixou 16 mortos e mais de 100 feridos nesta terça-feira. Segundo o grupo, o ataque foi uma vingança ao "derramamento de sangue muçulmano".
A autoria do ataque foi assumida por meio de um comunicado postado em um site. Embora a veracidade não possa ser absolutamente comprovada, o estilo corresponde a mensagens anteriores emitidas pelo grupo no mesmo fórum. Segundo o Ansar Beit al-Maqdis, o terrorista que promoveu o atentado era chamado de Abu Mariam.
"Aos soldados e policiais nós repetimos nosso conselho de que vocês deveriam abandonar o serviço nas milícias de el-Sissi (o ministro de Defesa, general Abdel-Fattah el-Sissi) e Mohammed Ibrahim (o ministro do Interior)", diz o grupo no comunicado. "Nós orientamos a ficarem longe das delegacias desse regime renegado para proteger suas vidas".
A explosão em Mansoura foi tão forte que destruiu um andar inteiro do prédio de cinco pavimentos e incendiou dezenas de carros que estavam próximos do local, além de afetar outras edificações. Logo após o ataque, o governo egípcio culpou a Irmandade Muçulmana, partido do presidente deposto Mohammed Morsi. No momento do atentando, altos funcionários dos serviços de segurança estariam reunidos no local para discutir o planejamento do referendo constitucional que será realizado nos dias 14 e 15 de janeiro.
Segundo uma fonte do governo, na noite de terça-feira um membro da Irmandade Muçulmana foi preso no aeroporto do Cairo, suspeito de envolvimento com o atentado. Identificado como Adel Younis Rashid, de 22 anos, ele é filho de um importante membro da Irmandade e ex-político em Mansoura. Fonte: Associated Press.
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