Grupo exige dados sobre lixo radioativo

Bruno DEIRO
14/09/2012 às 09:46.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:16

A Coalizão Por Um Brasil Livre de Usinas Nucleares protestou na quinta-feira contra a falta de informações detalhadas sobre a situação dos materiais radioativos no País, passados 25 anos do acidente com césio-137 em Goiânia. O movimento antinuclear, formado por 28 entidades e com base em São Paulo, quer usar a Lei de Acesso à Informação para exigir dados como o inventário dos depósitos de lixo atômico e detalhes sobre planos emergenciais em caso de acidentes.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) afirma que possui controle aberto. "Não há restrição ao acesso. Esta informação existe nos cinco depósitos de resíduos", diz Francisco Rondinelli Júnior, coordenador de planejamento da Cnen.
De acordo com ele, a comissão tem registrada todas as 9 mil fontes radioativas do País e há um projeto para a construção de um depósito definitivo, provavelmente no Rio de Janeiro.

Por ano, a Cnen recebe, em média, 60 chamados por ano de suspeitas de rejeitos radioativos descartados de forma equivocada. A maioria, segundo Rondinelli, é de identificações equivocadas e não há registro de que tenha havido exposição humana. Houve ainda três casos de roubo de veículos que transportavam fontes radioativas, mas todos, de acordo com a Cnen, foram recuperados intactos.

"Isso prova que há fragilidade na proteção. O que queremos é que haja um detalhamento deste nível de risco que corremos", afirma Chico Whitaker, um dos idealizadores da coalizão. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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