(MPMG/Divulgação)
“Justiça sim, desemprego não”. Esse é o lema de integrantes de um grupo que pede a volta das atividades da mineradora Samarco, que em novembro do ano passado foi responsável pela maior tragédia ambiental já ocorrida no país.
Desde a tragédia, que deixou 19 mortos, as atividades da empresa foram suspensas. Contudo, conforme o grupo, a economia de Mariana, município mais afetado pelo desastre, está definhando.
Para tentar a retomada da operação da Samarco, representantes do “Justiça sim, desemprego não” se reuniram nesta semana com o promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, responsável pela investigação do caso.
Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o promotor ouviu todas as queixas com relação a queda da atividade econômica na região, como o desemprego, a inadimplência, além de diversos outros problemas sociais gerados pelo rompimento da barragem de Fundão.
“O Ministério Público defende a legalidade no processo de licenciamento do empreendimento, mas é preciso que a operação seja com seriedade e dentro dos padrões internacionais de segurança”, declarou o promotor.
De acordo com ele, o órgão quer a que sociedade não seja novamente lesada por uma nova tragédia. “O desastre foi fruto de uma irresponsabilidade muito grande. É fundamental que a Samarco, a Vale e a BHP sejam chamadas a se manifestar e comprovar que há condições para a retomada das atividades em Mariana em níveis de segurança internacionais”, salientou.