(Divulgação / Sindibel)
Servidores da Guarda Civil Municipal realizaram, nesta quinta-feira (24), uma assembleia na Praça da Estação para ouvir a proposta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) sobre o reajuste salarial reivindicado pela categoria. Os trabalhadores rejeitaram a proposta, que consideraram como insatisfatória.
Apesar das negociações com o Executivo em andamento, há pontos de discordância entre os dois lados. O Executivo propôs aos trabalhadores reajuste salarial de 11,6% dividido em duas parcelas; garantia do adicional de risco em gozo de férias; reajuste no auxílio farda, que é custeado pelo próprio guarda; e reformulação do plano de carreira.
No entanto, diretor da Guarda Municipal no Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), Luciano Tomaz, afirmou que as duas principais demandas dos trabalhadores não foram atendidas. A categoria pede incorporação de duas gratificações no vencimento do salário: a taxa de disponibilidade integral e do adicional de risco.
O diretor explica que essa incorporação é considerada o ponto mais importante, na medida em que os benefícios representam 55% da remuneração e, em caso de afastamentos prolongados ou aposentadoria, até mesmo por invalidez, o guarda deixa de receber. “Esse benefício já é pago, mas nós queremos ele incorporado no salário. Não podemos ter essa perda, por isso precisamos dessa segurança jurídica”, reforçou.
Diante da falta de acordo com a prefeitura, sindicalistas e representantes da guarda realizarão uma nova assembleia para a próxima quarta-feira, dia 2 de março, na Praça da Estação. A categoria irá solicitar uma nova reunião com o Executivo para tentar encontrar um caminho que possa atender a demanda da Guarda Municipal.
Ao Hoje em Dia, a Prefeitura informou que respeita o direito à livre manifestação da categoria, mas lamenta que propostas que atendem a pleitos históricos tenham sido rejeitadas, neste primeiro momento.
O Município afirmou ainda que não mediu esforços para ofertar a recomposição inflacionária a todo o funcionalismo. Segundo o executivo, no caso específico da Guarda Civil Municipal, no comparativo entre dezembro de 2016 e dezembro de 2022, considerando o aumento proposto, a remuneração média dos guardas teria reajuste de 89,16% no período.
De acordo com o Sindibel os servidores não podem fazer greve, mas podem decidir pela paralisação de alguns serviços. A prefeitura afirmou que as atividades da Guarda Civil estão sendo realizadas normalmente na capital.