Em mais uma ofensiva contra a chamada farra das diárias de viagens, o Ministério Público Estadual (MPE) obteve, na Justiça, o afastamento do presidente da Câmara Municipal de Guiricema, Amauri Batista Marquezino (DEM), pelo prazo de 180 dias.
Além do parlamentar, a decisão vale para uma assessora comissionada dele. Guiricema tem menos de 9 mil habitantes. MPE sustenta que o dinheiro desviado complementa o salário do vereador.
Segundo as investigações, ficou demonstrado que houve o recebimento de diárias de viagem indevidamente pelos acusados.
Nos dias 12 e 13 novembro, a pedido do vereador, a assessora comissionada simulou uma viagem a Belo Horizonte para supostamente participar de um treinamento na Academia de Gestão Pública, AGP S.A.
No entanto, segundo sustenta o MPE, o servidor teria permanecido no interior na residência dele, situada na área rural da cidade, recebendo indevidamente os valores das diárias, que foram repassados ao presidente da Câmara Municipal.
Declaração
Ainda durante a fase de inquérito, a Casa negou qualquer tipo de irregularidade no deslocamento e chegou a apresentar uma declaração supostamente subscrita pela empresa AGP alegando que a servidora participou do curso na capital mineira.
Ao ser confrontada pelo MPE, no entanto, a AGP informou que a servidora não participou de qualquer curso promovido em Belo Horizonte nos dias 12 e 13 de novembro de 2015, desmentido a versão apresentada pelos réus.
Procurado pela reportagem na Câmara e no celular, o vereador Amauri Batista Marquezino não foi localizado nessa quarta (10) para comentar a denúncia do MPE.