Haddad desiste de parte de obras do Plano de Metas

Diego Zanchetta
16/08/2013 às 13:15.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:02

Ao iniciar a apresentação do modelo definitivo do Plano de Metas 2013-2016 na manhã desta sexta-feira, 16, na Câmara Municipal de São Paulo, por volta das 10 horas, a secretária municipal de Planejamento, Leda Paulani, informou que a meta que incluía obras de apoio viário ao longo da Marginal Tietê, um dos pilares do Arco do Futuro, promessa de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT), foi excluída.

Paulani argumentou que a meta que previa abertura e alargamento de avenidas entre as rodovias Dutra e Anhanguera, ao longo da Marginal Tietê, "são obras muitos caras" que foram pensadas para revitalizar o entorno do Rio Tietê e que "o governo não teria condição de fazer." A secretária informou aos cerca de 200 presentes na audiência que eram obras do Arco do Futuro, mas que o projeto segue em andamento, apesar das alterações.

A meta previa intervenções nos bairros Vila Maria, Vila Guilherme, Santana, Tucuruvi, Casa Verde, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Lapa, Sé e Mooca. As obras excluídas do Plano de Metas iriam ajudar a fazer a intersecção de dois eixos de desenvolvimento da cidade: as operações urbanas Diagonal Norte e Diagonal Sul, previstas no Plano Diretor de 2002, e o território do Arco do Futuro.

O apoio sul seria uma nova avenida paralela à marginal, de 8,4 km, da Avenida Santos Dumont à Avenida Aricanduva. Ao norte, haveria outra via, de 17,5 km, interligando a Via Dutra à região de Pirituba. Essas obras não estão mais no Plano de Metas. Por outro lado, o governo incluiu uma nova meta que prevê a construção de uma alça de acesso à Avenida Aricanduva, sobre a Marginal.

O próprio Haddad adiantou no mês passado que, após 45 consórcios apresentarem propostas para obras na parte norte do Arco do Futuro, o projeto principal de sua campanha seria alterado. Haverá mais áreas reservadas para habitações de interesse social, como para condomínios do Minha Casa Minha Vida, e menos obras viárias. No dia 19 de julho o prefeito adiantou que a proposta seria apenas "atualizada."

Durante a audiência na Câmara a secretária municipal de Planejamento também informou que não haverá mais patrulha à noite dos PMs contratados pela Prefeitura por meio da Operação Delegada. "Essa foi uma ideia que a população não recebeu bem nas audiências", justificou a secretária.

Um convênio assinado entre Haddad e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em março previa o uso de um terço do efetivo dos homens da Operação Delegada (1.745 soldados) na patrulha de bairros à noite. Mas boa parte dos PMs se recusava a fazer o ‘bico’ oficial da Prefeitura em bairros mais distantes - hoje eles ficam principalmente na região central, ajudando no combate ao comércio informal.
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