Hamilton é favorito a conquistar o tetra com aposentadoria de Rosberg

Estadão Conteúdo
23/03/2017 às 09:15.
Atualizado em 15/11/2021 às 13:51
 (ANDREJ ISAKOVIC/AFP)

(ANDREJ ISAKOVIC/AFP)

Na largada para o GP da Austrália, no domingo, os 20 carros vão se alinhar com uma enorme ausência entre os competidores. Pela primeira vez em mais de 20 anos o atual campeão não defenderá o título. O alemão Nico Rosberg se aposentou da categoria aos 31 anos e deixa o antigo colega de Mercedes, Lewis Hamilton, como o principal favorito para, mais uma vez, ser o campeão mundial de Fórmula 1.

O favoritismo do inglês se apoia em mais evidências do que a simples saída do principal adversário nas três últimas temporadas. O tricampeão do mundo continua no cockpit do time alemão, uma das principais do esporte, onde está desde 2013 e conhece, portanto, muito bem a todos na equipe. Desta vez ele terá como companheiro o finlandês Valtteri Bottas, recém-contratado da Williams e ainda atrás da primeira vitória na carreira.

O contraste entre o perfil dos dois será novamente um desafio à Mercedes. A escuderia costuma liberar os pilotos para disputarem livremente as posições na pista, mas teme perder o protagonismo conquistado com o título de construtores nas três temporadas anteriores pela adoção do novo regulamento. "Tivemos um grande sucesso nos últimos anos, mas com regras estáveis. Nenhum time manteve o sucesso depois de uma grande mudança. Vamos ter um desafio", afirmou o chefe da equipe, Toto Wolff.

Se apostar nos dois pilotos da Mercedes virou algo óbvio, em razão do domínio em vigor desde 2014, o novo regulamento e a juventude são as armas da Red Bull. A escuderia austríaca foi a única a conseguir tirar vitórias dos carros prateados na temporada de 2016 e novamente desponta como a principal adversária. O australiano Daniel Ricciardo e o holandês Max Verstappen são arrojados e talentosos.

A dupla incomodou a Mercedes na última temporada e está disposta a se sagrar campeã mundial pela primeira vez. A grande sensação é Verstappen, piloto de 19 anos que foi mais jovem a estrear e a vencer na história da categoria, além de ser o autor do recorde de ultrapassagens em uma mesma temporada, com 78, em 2016. "A primeira corrida é sempre empolgante. Estou ansioso", disse.

Sem alarde, a Ferrari também pode voltar a incomodar. A equipe italiana não venceu em 2016, mas tem na experiente dupla de pilotos formada por Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel o trunfo para reagir. O alemão Vettel, aliás, tem como motivação para o ano evitar o tetra de Hamilton, o que faria o inglês igualar-se a ele em número de títulos.


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