Histórico de Brasil x Peru tem briga, desempate em sorteio e goleada

Estadão Conteúdo
05/07/2019 às 14:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:24

Brasil e Peru decidem a Copa América neste domingo, às 17 horas, no Maracanã. O confronto pela final do torneio é inédito, mas as seleções já protagonizaram duelos cheios de curiosidades ao longo da história.

Teve desempate decidido em sorteio, briga em amistoso, goleada por 7 a 0 e jogos válidos pela Copa do Mundo. Ao todo, são 44 confrontos entre as seleções, com 31 vitórias do Brasil, nove empates e apenas quatro triunfos do Peru.

A seleção brasileira disputou as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958 em dois jogos contra o Peru. No duelo de ida, as equipes empataram por 1 a 1 em Lima. Na volta, no Maracanã, o Brasil venceu com gol de Didi em cobrança de falta, com a famosa "folha seca" (recebeu o apelido porque a bola caía repentinamente, enganando o goleiro adversário). A equipe verde e amarela conquistou, assim, a vaga na Copa de 1958, o primeiro título mundial canarinho.

Mas apesar da classificação, a atuação do Brasil foi bastante criticada. O jornal O Estado de S. Paulo registrou que a seleção teve "uma de suas piores exibições" e que "apenas Didi escapou do malogro geral".

Em amistoso realizado em 1969 em Porto Alegre, a partida teve de ser paralisada por conta de uma briga generalizada entre os jogadores. A confusão começou quando Gerson deu uma forte entrada em Chito de La Torre. Na sequência, González foi para cima do brasileiro e deu início a uma batalha entre os atletas.

Posteriormente, Gerson disse que tinha apenas "revidado" pancadas que tinha sofrido no jogo. No fim, após uma paralisação de 40 minutos, o duelo foi retomado e o Brasil venceu por 3 a 2.

Na semifinal da Copa América de 1975, o Peru se classificou em cima do Brasil de uma forma inusitada: sorteio. A seleção canarinho perdeu por 3 a 1 a ida em Belo Horizonte, mas venceu por 2 a 0 em Lima. Não havia critério de desempate.

O método provocou desconfiança em jogadores daquela época. A CBF lembrou recentemente que o sorteio foi levado adiante pela filha do então presidente da Conmebol, o peruano Teofilo Salinas. "Por mero acaso, a bolinha escolhida era vermelha e branca e tinha a letra P". A edição do O Estado de S. Paulo no dia seguinte ao jogo tinha uma charge que brincava com "exame antidoping" nas bolinhas do sorteio.

As seleções também se enfrentaram duas vezes pela Copa do Mundo. Na primeira, em 1970, o Brasil venceu por 4 a 2 nas quartas de final e avançou rumo ao tricampeonato. Em 1978, na segunda fase da Copa do Mundo, a seleção ganhou do Peru por 3 a 0. A equipe acabou o torneio com o terceiro lugar.

Pela Copa América de 1997, as seleções se encontraram nas semifinais. E o Brasil não teve muito trabalho para avançar à decisão: venceu por 7 a 0, a maior goleada já obtida contra o Peru. A seleção conquistou o título daquela edição do torneio continental.

Na Copa América Centenário, disputada em 2016, as seleções caíram no mesmo grupo. Na última rodada, o Peru venceu por 1 a 0, com gol de mão de Ruidíaz, e eliminou o Brasil. Ruidíaz está com o Peru nesta edição do torneio e foi questionado sobre o gol irregular de três anos atrás. "Agora tem VAR (risos). Será difícil, o Brasil é um rival muito forte", afirmou o peruano.Leia mais:
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