Homem fica preso em ralo de piscina em Caldas Novas

Marília Assunção
14/01/2014 às 17:21.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:20

O administrador de empresas Josias Andrade Saraiva, de 43 anos, sofreu fratura na tíbia direita e luxação em dois dedos depois de prender o pé no ralo de uma piscina do Residencial Privê das Thermas. O acidente aconteceu na quinta-feira, dia 9, seis dias depois da morte de um menino que teve o braço sugado em uma piscina do mesmo condomínio, na estância hidrotermal de Caldas Novas, no interior de Goiás, a 167 quilômetros de Goiânia.

Imagens mostram que o administrador precisou de ajuda para manter o rosto fora da água, evitando o afogamento que ocorreu com o garoto Kauã Davi de Jesus Santos, de 7 anos. Kauã morreu três dias depois do acidente, em Brasília, para onde foi transferido em estado grave.

O administrador registrou ocorrência policial no dia 10, alegando omissão de socorro e lesão corporal. A Polícia Civil já investigava as instalações do condomínio por causa do primeiro acidente.

O Ministério Público de Caldas Novas aguarda os laudos periciais dos dois acidentes, mas deve expedir recomendação esta semana para que as piscinas do residencial sejam esvaziadas. Nos meses de férias, Caldas chega a registrar mais de um milhão de visitantes.

O Corpo de Bombeiros informou que a piscina onde o menino se afogou foi interditada até a perícia e que a corporação não tinha poder legal para fazer uma interdição definitiva ou tomar outras medidas além de uma orientação. O capitão dos Bombeiros de Caldas Novas, Tiago Dias, explicou que uma norma está em fase de revisão.

Versão

A administração do condomínio Residencial Privê da Thermas negou que tenha havido negligência no atendimento ao administrador de empresas que feriu a perna e o pé. À Polícia Civil foi justificado que havia um socorrista no local e que a bomba de sucção não estaria ligada na hora do acidente.

O delegado do caso, Pedro Garcia, confirma que, aparentemente, o segundo acidente foi causado pela falta da grade (grelha) sobre o ralo e não por sucção. O socorrista do residencial não teria conseguido remover sozinho o pé da vítima e por isto os Bombeiros foram acionados, levando Josias para um hospital. O delegado prevê concluir a apuração do primeiro acidente na próxima semana.
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