Homem que esfaqueou Bolsonaro fez curso de tiro e pediu 'pena de morte'

Da Redação
07/09/2018 às 10:30.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:20
 (Reprodução/ Facebook)

(Reprodução/ Facebook)

O servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, usou as redes sociais nos últimos meses para postar mensagens de ódio contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Em uma das postagens, o homem que empunhou uma faca contra o deputado, pediu pena de morte ao presidenciável. 

Na publicação, Adélio reproduz um vídeo em que Bolsonaro é acusado de incentivar a entrega da Amazônia e da base espacial de Alcântara (MA) aos Estados Unidos. Em determinado momento do post, de 16 de julho, aparece a mensagem: "Jair Bolsonaro traidor - judas pena de morte pra esse fdp (sic)". 

Já em outro post, uma gravação mostra os deputados Bolsonaro e Jandira Feghalli (PCdoB-RJ) em debate sobre a ditatura militar. Adélio comentou que "dá nojo só de ouvir dizer que a ditadura deveria ter matado pelos uns 30 mil comunistas". 

Curso de tiro

No dia 5 de julho, Oliveira fez aulas de tiro no Clube e Escola de Tiro.38, na cidade de São José, em Santa Catarina. O local, frequentado por Carlos Bolsonaro, vereador no Rio de Janeiro (PSL), e Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PSL-SP), confirmou que o agressor recebeu instruções com um supervisor. Há cinco anos, em Montes Claros, Adélio foi acusado pela agressão a um homem por causa de uma cobrança de dívida. 

Ainda nas redes sociais, Adélio demonstrava simpatia por ideologias de esquerda e símbolos do comunismo. Entre 2007 e 2014, o agressor foi filiado ao PSOL de Uberaba, no Triângulo Mineiro. O homem também participou de manifestações contra a corrupção, pediu a renúncia de Michel Temer e publicou imagens de pessoas que defendem a liberação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Operação Lava Jato.

No perfil que mantém no Facebook, o servente de pedreiro se definiu afirmando que não importa o partido que você faz militância. "(...) se você tens (sic) prazer no triunfo da Justiça, então somos irmãos". 

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