Honda aposta na volta de sua best seller 250CC

Como fênix ressurgida das cinzas, sete anos após seu lugar ter sido tomado pela CB 300, a Honda CB Twister retorna para em vingança épica banir sua rival. Mas diferentemente da ave mitológica, (ou seria “motológica”), que renascia idêntica, a nova Twister é muito superior a aquela que existiu por quase uma década. Ao invés do antigo quadro com berço duplo, o novo é mais leve, aberto e tem o motor participando da estrutura, a balança mono amortecida e sem links é única na categoria e reduz o custo de manutenção.

O freio passa a ser a disco também na traseira, os pneus agora radiais com nas motos esportivas, permitem maior inclinação nas curvas, o farol e lanterna ganharam LEDs, e a tampa do tanque é moderna e bonita com em modelos muito mais caros.

Senões

Mas nem tudo são flores, não bastasse a saudade que vai restar da potência de 26 cv da extinta CB 300, a nova Twister com 22 cv é ainda mais fraca que o modelo 2008, que oferecia 24. Por que isso? Essa redução é fruto do “estrangulamento” do motor causado por limitações impostas pela atual legislação de emissão de poluentes, que exige filtros e menor injeção de combustível. Embora novas tecnologias como comandos variáveis, refrigeração líquida e outras soluções pudessem compensar o problema, isso implicaria em altos investimentos, que no momento parecem não interessar à marca.

HONDA CB 250 TWISTER

O QUE É?
“Naked” urbana de baixa cilindrada.

ONDE É FEITA?
Fabricada na Zona Franca de Manaus.

QUANTO CUSTA?
R$ 13.050 o modelo “standard” e R$ 14.550 com ABS.

COM QUEM CONCORRE?
Apesar de diferenças bastante consideráveis, as concorrentes mais próximas são a Yamaha Fazer por R$ 12.250 e Dafra Next, que tem preço sugerido de R$ 13.790.

MOTOR
À gasolina, 249,5 cm3, potência 22,6 cv e torque 2,24 mkgf.

COMO ANDA?
Desempenho aproximado: velocidade máxima de 130 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos. No trânsito urbano arranca forte, mais rápido que os automóveis e “sobra” potência nas velocidades típicas dos grandes centros. Na estrada só com o piloto é ágil e “respira bem” até os 100 km/h, acima disso as reações são lentas. Carregada ou com garupa o desempenho é comedido e falta reserva para as ultrapassagens.

COMO BEBE?
Consumo médio estimado cidade/estrada 32 km/l.

COMPORTAMENTO:
Motor muito “redondo”, suave e com entrega de potência linear. Ciclística leve com reações do guidão adequadas à inclinação, excelente aderência nas curvas e pilotagem prazerosa. O reduzido peso e o assento baixo facilitam as manobras, tornando-a uma boa opção para os baixinhos ou inexperientes. Os freios a disco em ambas as rodas tem funcionamento suave e eficiência de sobra. A suspensão confortável dá conta do recado, com ou sem garupa.

ACABAMENTO:
Materiais de ótima qualidade com vários componentes cromados, painéis plásticos bem acabados, montagem bem feita, e pintura impecável.

PONTOS POSITIVOS:
- AGILIDADE
- CONFORTO
- ECONOMIA

PONTOS NEGATIVOS:
- POTÊNCIA
- FALTA PROTEÇÃO INFERIOR PARA MOTOR E DESCARGA