Gestantes devem fazer uma dose da vacina do tipo adulto (dTpa) a partir da 20ª semana a cada gestação (TJMG/Divulgação)
Gestantes atendidas pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG), em Belo Horizonte, estão sendo convidadas a participar de uma pesquisa mundial que busca entender como a infecção pelo coronavírus impacta mulheres grávidas e seus bebês. O objetivo do estudo é identificar as principais complicações da doença para que estratégias de cuidado possam ser desenvolvidas.
Durante a pesquisa, patrocinada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e coordenada, no Brasil, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), as voluntárias passam por uma triagem, na qual serão realizados exames sorológicos para confirmar ou excluir a infecção pelo vírus. Em seguida, elas são inseridas em quatro grupos, sendo vacinadas com e sem Covid-19 e não vacinadas com e sem Covid-19, e acompanhadas durante toda a gestação.
No momento do parto, amostras de placenta, líquido amniótico e sangue do cordão são retirados e enviados para a faculdade de Farmácia da UFMG, onde estão sendo realizadas as análises do material.
Segundo o obstetra e coordenador do estudo no HC-UFMG, Mário Dias Corrêa Júnior, a exposição ao coronavírus indica que quanto mais grave a infecção, maior é o impacto. “Parece estar muito relacionado à gravidade da doença. Pacientes com Covid-19 mais complicada têm mais partos prematuros. Além disso, a incidência de pré-eclâmpsia também maior”, disse, considerando a experiência no atendimento de gestantes.
O resultado do estudo, que busca confirmar ou não essas evidências, está previsto para o primeiro semestre de 2023.