Hotéis de Belo Horizonte reforçam combate ao Aedes no período das Olimpíadas

De olho do aumento no número de turistas em agosto, quando recebe sete partidas dos Jogos Olímpicos no Mineirão, Belo Horizonte lançou uma parceria para checar focos do mosquito Aedes aegypti nos hotéis e pousadas da cidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o projeto busca orientar a rede hoteleira quanto a possíveis focos do mosquito responsável pela transmissão de dengue, zika e febre chikungunya. Agentes municipais vão criar uma lista de itens que devem ser vistoriados nos imóveis uma vez por semana. 

“Já temos uma série de parcerias com a sociedade civil que nos auxiliam no combate. Agora, identificamos essa demanda com os hotéis depois de conversas com embaixadas que vão trazer delegações olímpicas até a cidade”, conta o secretário municipal de Saúde, Fabiano Pimenta. 

O gestor destacou ainda que a intenção é de que a iniciativa se torne uma atividade rotineira, reforçando o combate do mosquito, que tem picos de incidência no verão.

Fiscalização e apoio

A parceria foi firmada com a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), que vai auxiliar na fiscalização. A entidade também tem orientado aos hotéis e pousadas que destaquem os cuidados tomados nos portais deles na internet e nos e-mails de confirmação de reserva. 

Uma cartilha trilíngue para divulgar as ações da prefeitura junto aos turistas também deve ser distribuída ao longo de julho para todos os cerca de 200 empreendimentos hoteleiros na capital. “A zika foi muito divulgada no exterior e é natural que estrangeiros tenham receio de vir ao Brasil. Queremos destacar que temos hotéis livres da zika, prontos e aptos a receber a todos”, destaca a presidente da ABIH-MG, Patrícia Coutinho.

Incidência caiu

Depois de um surto que mobilizou a população no início do ano, houve queda no número de ovos do mosquito da dengue em Belo Horizonte. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, o percentual de ovos encontrados nas ovitrampas caiu de 30,4% para 26,2% entre as semanas 17 e 18 do ano (primeira quinzena de maio), na comparação com as semanas 19 e 20 (segunda quinzena de maio). A queda coincide com o menor volume de chuvas, o que reduz os focos de proliferação.