Foi identificada, na manhã desta sexta-feira, a vítima que morreu por causa do temporal que atingiu o distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, na madrugada da última quinta-feira (03). Luiz Carlos da Silva, de 63 anos, era morador de Duque de Caxias e foi identificado por amigos no Instituto Médico-Legal (IML) da cidade. Enéas Paes Leme, funcionário da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), continua desaparecido. Ele sumiu quando trabalhava em uma represa em Xerém no momento da enxurrada.
Mais de 24 horas depois do temporal, moradores do distrito de Xerém continuam tentando limpar suas casas. Ainda há 'montanhas' de entulho, lixo e lama na região. Restos de móveis e eletrodomésticos destruídos pela água que invadiu as residências estão empilhados nas vias à espera de caminhões de coleta de lixo.
Moradores reclamam que o fornecimento de água potável ainda não foi restabelecido. Algumas ruas permanecem interditadas porque há casas e trechos do asfalto que ameaçam ceder. Desde a quinta-feira (03), a comerciante Roseli Inácio, de 42 anos, tenta tirar a sujeita que se instalou na porta do seu estabelecimento, no bairro da Pedreira. Ela e outros 11 donos de lojas se uniram para limpar a rua e reabrir seus comércios. "A gente tem de se ajudar muito para tentar voltar à vida normal. Um depende do outro. As mulheres estão empenhadas nas igrejas, fazendo almoço e coletando donativos, enquanto os homens participam do mutirão de limpeza".
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