Principais jornais ao redor do mundo deram destaque para as eleições brasileiras (Reprodução)
Os principais jornais do mundo repercutiram o resultado das eleições presidenciais no Brasil. A maioria deu destaque para a diferença entre o que era projetado pelas pesquisas, que previam Lula na frente, com possibilidade de vitória no primeiro turno, e o que realmente se viu: um cenário apertado, com Bolsonaro acima da porcentagem prevista.
Clarín – Argentina
Principal jornal da Argentina, o Clarín não poupou críticas aos institutos de pesquisa, que foram considerados "os principais derrotados" da eleição. No entanto, o periódico citou como um dos grandes culpados por esse erro a falta do censo em 2020. O Clarín também destacou o avanço de Simone Tebet, que ficou em 3° lugar. Para ele, isso mostrou um "posicionamento de centro e centro-direita da sociedade brasileira", que pode dificultar o governo de Lula, caso seja eleito.
El País – Uruguai
O principal jornal do Uruguai deu destaque para a vitória de Lula nas urnas de Montevideo, capital do país. Já sobre o resultado, o periódico salientou que, apesar de Lula liderar as pesquisas, o grande questionamento era se conseguiria mais de 50% dos votos válidos, o que não ocorreu. O El País destacou ainda o "clima de tensão" entre os candidatos, citando casos de ataques e mortes entre os seguidores dos dois lados.
New York Times – Estados Unidos
Um dos principais jornais dos EUA e do mundo, o New York Times deu grande destaque para o "erro" das pesquisas eleitorais. Para o periódico americano, mesmo recebendo menos votos, Bolsonaro teve uma "noite melhor", já que ele "estava certo" a respeito das dúvidas sobre as pesquisas. Ainda conforme o jornal, os analistas políticos subestimaram a "força dos candidatos conservadores'.
The Washington Post – Estados Unidos
Principal jornal da capital americana, o Washington Post vê o segundo turno da eleição brasileira como um duelo entre "populistas de pólos opostos", que coloca dois gigantes políticos de "profunda inimizade".
Wall Street Journal – Estados Unidos
Um dos principais jornais de economia do mundo, o Wall Street Journal também destacou que Bolsonaro se saiu bem melhor do que o previsto nas pesquisas.
Le Monde – França
Na Europa, o francês Le Monde destacou uma "vitória apertada e decepcionante" para Lula, também citando as pesquisas que previam uma grande vantagem para o candidato petista. Sobre Bolsonaro, o periódico afirmou que ele "escapou de uma derrota humilhante no primeiro turno", e que agora vai precisar "colocar as tropas na rua" para buscar a vitória no segundo turno.
Deutsche Welle – Alemanha
O jornal alemão, em sua versão em português, destacou o duelo já previsto entre Bolsonaro e Lula, mas também a diferença obtida por Bolsonaro em relação aos principais institutos de pesquisa. No entanto, ressaltou a difícil missão do candidato do PL, já que, na história do Brasil, o candidato menos votado no primeiro turno nunca conseguiu reverter essa situação.
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