(Divulgação/Cruzeiro)
Divulgação/Cruzeiro
A parte mais bombástica do relatório entregue pela Kroll ao Conselho Gestor do Cruzeiro não poderá ser divulgada à torcida via a imprensa ou mesmo nas plataformas oficiais do clube. Nesta segunda-feira (18) quatro integrantes do atual comando cruzeirense - o presidente interino José Dalai Rocha, Gustavo Gatti, Alexandre Faria e Saulo Fróes - irão repassar todo documento produzido pela auditoria à 11ª Promotoria de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A parte que não poderá ser aberta ao público envolve contratos de jogadores que chegaram à Toca da Raposa II ou tiverem seus vínculos com a Raposa renovados. Este processo sempre tem a participação do agente credenciado pelo atleta. Nos contratos com mais de um agente recebendo pela intermediação foram feitas investigações pela Kroll.
Segundo apurou o Hoje em Dia vários jogadores que ainda estão ou já deixaram o Cruzeiro relataram não saber quem são os agentes que receberam em seus contratos com o clube, sejam eles o primeiro vínculo ou a renovação.
Ainda de acordo com apurações da reportagem essa dúvida foi tirada com cada atleta e a partir daí há um grande caminho para que Polícia Civil e Ministério Público possam buscar quem são essas pessoas que receberam sem ser agenciador dos jogadores cruzeirenses. Por isso a não divulgação pelo menos neste momento dos dados, tratados como sigilosos.
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Esta prática é diferente da chamada “rachadinha”, pois nessa o próprio agente do jogador repassa parte do valor recebido em dinheiro nas negociações. Esta apuração mostra é a inclusão de terceiros no pagamento pelas transações e, neste caso, o valor fica integralmente com ele ou com quem ele representava.
O Conselho Gestor recebeu um calhamaço de 300 folhas com conteúdo frente e verso - que somam 600 páginas - e esse documento ficou sob responsabilidade de um membro apenas do Núcleo Dirigente Transitório. O envio ao MP será feito na tarde desta segunda-feira em visita de uma comitiva ao MPMG.