Vespasiano

'Incêndio foi criminoso e ônibus escolares não tinham seguro', afirma representante da empresa

Destruição dos coletivos seria uma suposta ação criminosa em represália ao trabalho da Polícia Militar no bairro Suely

Pedro Santos*
pedro.sousa@hojeemdia.com.br
12/01/2024 às 12:36.
Atualizado em 12/01/2024 às 13:34
Polícia Militar realiza o patrulhamento da área após o incêndio (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Polícia Militar realiza o patrulhamento da área após o incêndio (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

O incêndio que destruiu cinco ônibus escolares na madrugada desta sexta-feira (12) em Vespasiano, na Grande BH, teria sido criminoso. A afirmação é de Guilherme de Moura, advogado que representa a empresa proprietária dos veículos, que não tinham seguro.

Segundo Moura, a suposta ação criminosa teria ocorrido em represália ao trabalho da Polícia Militar no bairro Suely. “Infelizmente colocaram fogo nos ônibus a troco de nada, em razão do trabalho combativo da PM na região. Gerou um prejuízo grande para a empresa, que não tinha seguro para os ônibus. Agora é trabalhar para repor esse prejuízo”, lamentou.

O representante da empresa explicou ainda que os veículos atendiam a cooperativa de transportes do município e faziam o transporte escolar público, e que a principal beneficiada era a população de baixa renda. "A empresa pretende arcar com os custos para retomar a prestação do transporte."

Indignação

Um morador da região, que pediu para não ser identificado, disse que o transtorno provocado pela perda dos ônibus é gigantesco. As crianças eram transportadas na parte da manhã e da tarde e, atualmente, não têm outro serviço gratuito à disposição.

“Como que faz uma coisa dessa? Os ônibus da criançada ir pra escola e eles queimam tudo? Como as crianças vão pra escola agora? É uma coisa que ninguém esperava que fosse acontecer. O transtorno é gigantesco”, disse.

A reportagem procurou a Prefeitura de Vespasiano e a Polícia Militar e aguarda retornos. O texto será atualizado assim que houver respostas. 

*Estagiário sob supervisão de Gledson Leão

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