9 mi de pessoas afetadas

Incêndios, seca e estiagem geram prejuízo de quase R$ 45 bilhões, aponta confederação dos municípios

Segundo a entidade, mais de 530 cidades decretaram situação de emergência

Do HOJE EM DIA*
18/09/2024 às 14:15.
Atualizado em 18/09/2024 às 17:15

O prejuízo econômico decorrente das queimadas soma R$ 1,1 bilhão nas cidades brasileiras desde o início deste ano. É o que aponta levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Até a última segunda-feira (16), 538 municípios decretaram situação de emergência devido aos incêndios florestais.   

Conforme a CNM, quando são analisados os decretos por conta da seca/estiagem os dados são ainda mais alarmantes. Em 2024, o prejuízo chega a R$ 43 bilhões, com mais de 9,3 milhões de pessoas afetadas.

Diante desse cenário, a entidade defende a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 31/2024, que institui o Conselho Nacional de Mudança Climática, a Autoridade Climática Nacional e o Fundo Nacional de Mudança Climática.

O conselho deverá ser composto pelos presidentes da República, da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Pela proposta, também participarão do colegiado um ministro de Estado, três governadores de Estado, eleitos entre si; três representantes dos municípios, escolhidos pelo conjunto dos chefes do Poder Executivo municipal; e a Autoridade Climática Nacional.

A Autoridade Climática Nacional será nomeada pelo Presidente da República dentre os membros de lista tríplice elaborada pelo Conselho Nacional de Mudança Climática, para exercício em período coincidente com o mandato de deputado federal, com direitos e deveres de ministro de Estado.

Caberá à Autoridade Climática subsidiar a execução e implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima; regular e monitorar a implementação das ações e metas setoriais de mitigação, de adaptação e de promoção da resiliência às mudanças do clima; e realizar articulação interministerial das políticas climáticas, entre outras atribuições.

A proposta destina ainda 3% da arrecadação dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados (IPI), ao Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

“A Confederação justifica essa medida porque o modelo tradicional de aplicação de recursos públicos não tem produzido resultados adequados na promoção de medidas efetivas que possam prevenir e enfrentar as consequências da mudança climática”, diz a instituição.

* Com informações da Agência Brasil

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