Infiltrações pioram situação da Igrejinha da Pampulha e Iphan busca alternativas

Ana Cláudia Ulhôa
aulhoa@hojeemdia.com.br
21/12/2016 às 19:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:10
 (Marcelo Prates/Hoje em Dia)

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

Depois de ter a reformada adiada para novembro de 2017, a situação da Igrejinha da Pampulha está piorando cada vez mais. Devido às fortes chuvas que atingem Belo Horizonte desde o último mês, as infiltrações aumentaram e começaram a apodrecer as placas curvas de madeira do forro original. Para tentar amenizar o problema, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou uma vistoria nessa segunda-feira (19) com o objetivo de avaliar a situação do imóvel e sugerir medidas provisórias.

Segundo a chefe de gabinete do Iphan,  Rosângela Guimarães, a maior preocupação do órgão é saber o tamanho do estrago que existe no bem para depois analisar quais medidas podem ser tomadas até que as obras de restauro sejam feitas. No entanto, ela lembra que a Igreja de São Francisco de Assis é “uma propriedade privada e o instituto não tem poder para interferir no que vai ser feito ou não, mas cabe a gente a ajudar na guarda do patrimônio brasileiro”, afirma.

Por enquanto, o Iphan trabalha na elaboração do relatório, que ainda não tem previsão de ser entregue. Rosângela explica que após concluir a redação do documento, o órgão solicitará também uma vistoria do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) e do Departamento de Memória e Patrimônio. “Queremos fazer uma análise em conjunto, porque eles também são responsáveis pelo tombamento do bem”.

Audiência

A decisão de realizar essa avaliação foi tomada na última sexta-feira (16), após uma uma audiência no Ministério Público de Minas Gerais que reuniu representantes do Iphan, da Arquidiocese de Belo Horizonte e Fundação Municipal de Cultura (FMC).

Durante a sessão, a Arquidiocese, verdadeira guardiã do imóvel, se comprometeu por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que também irá monitorar o estado da capela, especialmente do forro que reveste o teto e das obras de arte que se encontram no interior. 

Os casamentos ficarão mantidos como estavam e a Arquidiocese disponibilizará a igreja, sem falta, para a Sudecap a partir do dia 20 de novembro de 2017.

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