(AFP)
A instabilidade política que assola o Bahrein e grande parte do Oriente Médio após a Primavera Árabe preocupa a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Com tempo para possíveis manifestantes organizarem-se, a entidade teme por protestos ou atentados durante a realização da prova, programada para o dia 21 de abril.
Cancelado em 2011 por conta dos protestos de ordem social ocorridos no país, o GP do Bahrein voltou a ser disputado neste ano. Sob alta tensão, a prova transcorreu sem nenhuma ocorrência grave na região do circuito, que contou com esquema de segurança reforçado após ameaça de atentado.
Em 2013, porém, a FIA espera protestos mais organizados que neste ano. Além disso, a entidade também se preocupa com a resposta do governo aos manifestantes. Recentemente, a repressão aos protestos tem acarretado em atos de violência contra a população.
“Foi um desastre nas relações públicas em todos os níveis. A corrida vai ser realizada, mas você tem que saber o que vai acontecer desta vez. Os manifestantes não estavam muito organizados em abril e eles perceberam que perderam a chance de usar a corrida como uma plataforma. Desta vez, eles têm tempo de sobra para executarem seus planos. É cruzar os dedos e torcer”, afirma fonte da FIA não identificada ao jornal britânico Times.
Quarta etapa das 20 provas que compõem o calendário da próxima temporada da Fórmula 1, o GP do Bahrein está programado para o dia 21 de abril. Neste ano, a prova foi vencida por Sebastian Vettel.