(Beto Barata/PR)
Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas Gerais virou palco dos principais pré-candidatos à Presidência da República.
O assédio ocorre mesmo ainda faltando pouco mais de um ano do pleito.
Apenas neste segundo semestre já passaram por aqui Lula (PT), Jair Bolsonaro (PSC), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
A corrida pré-eleitoral está tão intensa no Estado que Lula decidiu voltar.
O próximo destino da caravana com o ex-presidente será em Minas. Ele estará no Estado entre os dias 23 e 30 de outubro. A informação foi confirmada pela presidente estadual do PT, Cida de Jesus, em rede social.
Ontem, foi a vez do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) desembarcar em Belo Horizonte. Ele fez palestra no Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sicepot).
O deputado Jair Bolsonaro (PSC) passou dois dias na capital, na semana passada. Na mesma semana, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) retornou depois de ter visitado algumas cidades mineiras no final de agosto.
Mesmo período em que a ex-senadora Marina Silva (Rede) proferiu palestra em Belo Horizonte.
“Com os últimos acontecimentos, Minas não tem mais um grande nome que atraia o eleitorado. Daí a disputa pelo melhor espaço que puder”, avalia o deputado federal Mário Heringer (PDT). Ele se referia à inclusão do senador Aécio Neves (PSDB) em denúncias de corrupção - às quais o mineiro nega com veemência - e ao impedimento da mineira Dilma Rousseff (PT).
“Diante do cenário extremamente imprevisível, a eleição pode ser comparada a uma loteria”, afirma o deputado federal Marcus Pestana (PSDB). Para ambos, as articulações são naturais, embora em estágio inicial.
O PDT, de acordo com declarações de Ciro Gomes, tem a pretensão de que o vice-presidente na chapa seja um político mineiro. “Há esta possibilidade, mas apenas temos conversas iniciais”, confirma o deputado Heringer.
Já entre os tucanos, o deputado Pestana, ex-presidente da legenda em Minas, garante que é “prematuro falar sobre isso”.
Para o deputado tucano, é natural que comecem as articulações, mas o assunto ainda “não atingiu a base da sociedade, apenas formadores de opinião e lideranças políticas.”
Outro pré-candidato do PSDB, João Doria, quase foi homenageado pela Assembleia, mas a oposição impediu a entrega do título de cidadão honorário.
Segundo o pedetista, Minas, como segundo colégio eleitoral, deverá concentrar boa parte das atenções do próximo candidato ao Palácio do Planalto. “Será um campo de guerra”, adverte.