(Editoria de Arte/Hoje em Dia)
Além das férias e do verão, janeiro é mês de comprar material escolar e também pagar tributos, como o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). O IPVA nada mais é do que a concessão para trafegarmos em vias públicas, durante o ano em vigor. Mas é aí que surge uma dúvida, afinal, quando o consumidor resolver vender, trocar ou comprar um automóvel usado no período de pagamento do imposto, de quem é ônus? Do atual proprietário ou do próximo?
Não existe uma regra que determine se é o vendedor ou comprador quem deverá arcar com o custo, na hora da transação. Mas o automóvel precisa estar com seus tributos em dia, para que seja expedido o licenciamento (CRLV).
O presidente da Associação Brasileira dos Consumidores, Danilo Santana, tem uma opinião bem clara sobre o assunto: “Para poder transferir a propriedade do veículo, é necessário que o IPVA esteja em dia. Dessa forma, os impostos que já estão vencidos, referentes aos exercícios passados, são responsabilidade de quem está vendendo”, avalia.
Já o imposto do ano em vigor é responsabilidade do comprador, que é quem irá circular com o automóvel.
Atrativo
No mercado de usados, o IPVA se tornou um atrativo a mais para fechar negócios. Medidas do governo federal para estimular a compra de automóveis novos, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que teve início em junho passado e vigorará até abril deste ano, fez com que o setor de seminovos despencasse.
Daí, alguns lojistas têm oferecido seus estoques com IPVA pago, como uma forma de bonificar o cliente. “A redução do IPI foi terrível para o segmento de usados e esta é uma forma de atrair o cliente”, explica um dos proprietários da agência M&M Veículos, Flaviano Drummond.
No entanto, ele pondera e diz que o agrado vai depender do valor do tributo. “Dependendo do preço do veículo e do IPVA, há uma negociação para que ambos façam um bom negócio. O importante é que o consumidor fique satisfeito e que a gente consiga manter nosso volume”, observa.
Mas há quem prefira um desconto, ao invés do brinde do IPVA pago. “Muitos lojistas adotaram essa prática, de oferecer o imposto como um bônus, mas há consumidores que preferem pagar eles mesmos o tributo, de forma parcelada, e ter um abatimento no valor do modelo”, explica gerente da revendedora Mix Car, Felipe Silva.
Como o leitor pode ver, há pelo menos dois jeitos de se fazer um bom negócio.