Irã reage com prudência à reeleição de Barack Obama

AFP
07/11/2012 às 18:39.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:59

TEERÃ - Uma autoridade iraniana afirmou nesta quarta-feira (7) que a reeleição do presidente americano, Barack Obama, não facilita necessariamente uma normalização das relações entre Washington e Teerã, mas não fechou as portas para negociações diretas.

"Há quatro anos, Obama chegou (ao poder) com o lema da mudança e afirmou que estendia a mão ao Irã, mas na prática impôs as mais duras sanções", lembrou o chefe do poder judicial, o aiatolá Sadegh Larijani, em um comunicado que constitui a primeira reação oficial à reeleição do presidente americano.

"As relações com os Estados Unidos não são simples", disse Larijani, ligado ao Guia Supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei.

"Depois de tantas pressões e de crimes contra o povo iraniano, é impossível restabelecer estas relações em uma noite. Os americanos não devem pensar que podem conseguir concessões do povo iraniano sentando-se à mesa de negociações", acrescentou.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, declarou que "a República Islâmica respeita o voto dos americanos", mas acrescentou que o "muro de desconfiança" só pode ser destruído "se o governo americano respeitar a vontade e os direitos do povo iraniano e mudar suas políticas errôneas do passado", segundo a agência Fars.

Os Estados Unidos e o Irã romperam relações diplomáticas depois da tomada de reféns na embaixada americana em Teerã, em novembro de 1979.

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