Israel considera voltar a executar extrajudicialmente líderes militantes na Faixa de Gaza, em um esforço que visa a interromper os disparos de foguetes contra o sul de seu território, informaram fontes no setor de Defesa.
A renovação de uma prática que proporcionou a Israel censura internacional evidencia a difícil situação na qual o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se encontra. Com as eleições do país a dois meses de se realizarem, os ataques de Gaza estão afetando a vida de 1 milhão de moradores do sul do país, o que pressiona o governo a tomar uma providência efetiva.
Os militantes de Gaza atiraram mais de 100 foguetes em Israel nos últimos dias, levando a ataques retaliatórios que já mataram seis pessoas na sitiada Faixa de Gaza.
Alguns israelenses exigem ações militares mais duras, possivelmente uma repetição da incursão sangrenta do país em Gaza quatro anos atrás. Outros acreditam que Israel deve focar em líderes do Hamas, método usado para matar dúzias de militantes há quase uma década. Esses últimos dizem que mirar nos líderes evitaria complicações e preveniria elaborados ataques no futuro. Já os críticos dessa opção dizem que isso provocaria a retaliação dos militantes e os encorajaria a tentar matar líderes de Israel.
Autoridades da Defesa israelense disseram, sob a condição de anonimato, que o assassinato de líderes do Hamas está sendo tratada como opção preferencial no momento. As informações são da Associated Press.
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