JBS e Friboi são alvos de nova fase da 'Lava Jato'

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
01/07/2016 às 07:16.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:07
 (Divulgação/JBS)

(Divulgação/JBS)

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (1º) mais uma fase da Operação "Lava Jato". Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, um dos alvos é a JBS, dona da Friboi, um dos maiores frigoríficos do país.

Segundo o G1, O doleiro Lúcio funaro, doleiro que seria ligado ao presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também é um dos alvos de mais uma fase da operação.

A ação da PF tem origem em duas delações premiadas: a do ex-vice-presidente da Caixa Fábio Cleto e a do ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Hypermarcas Nelson Mello.

Uma delação premiada, firmada com a Procuradoria-Geral da República, aponta o suposto repasse de propinas milionárias para senadores do PMDB, entre eles o presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), Romero Jucá (RR) e Eduardo Braga (AM).

Nelson Mello afirmou em seu depoimento aos procuradores que pagou R$ 30 milhões a dois lobistas com trânsito no Congresso para efetuar os repasses. Lúcio Bolonha Funaro e Milton Lyra seriam os responsáveis por distribuir o dinheiro para os senadores.

JBS afirma em comunicado que não é alvo nem está relacionada com operação da PF

A JBS nega estar relacionada à operação da Polícia Federal que ocorre nesta sexta-feira. Em um breve comunicado ao mercado, divulgado pela manhã na página da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a companhia diz que "não é alvo e não está relacionada" com a operação, bem como seus executivos.

A Polícia Federal continua na sede do grupo J&F, que além da JBS é também controlador da Eldorado Brasil Celulose, e segundo a assessoria de imprensa, a ação acontece apenas nos escritórios da fabricante de celulose. Os policiais buscam documentos referentes ao Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).

A J&F foi citada em delação premiada do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto. De acordo com ele, o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu propinas em 12 operações de grupos empresariais que obtiveram aportes milionários do FI-FGTS.

Uma das propinas relatadas por Cleto refere-se à captação de recursos feita em 2012 pela Eldorado Brasil. O valor pleiteado inicialmente foi de R$ 1,8 bilhão para obras numa fábrica em Três Lagoas (MT), mas acabou reduzido para R$ 940 milhões. Nesse caso, Cleto disse acreditar que Cunha tenha recebido valor superior a 1% como comissão.

 

(*)Com Estadão Conteúdo

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por