MÚSICA

João Bosco e Hamilton de Holanda se encontram nesta sexta no palco do Palácio das Artes

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
08/04/2022 às 10:02.
Atualizado em 08/04/2022 às 10:09
Apresentação terá novidades, como "Abricó-de-Macaco" e "Tarde" (Arquivo pessoal/Divulgação)

Apresentação terá novidades, como "Abricó-de-Macaco" e "Tarde" (Arquivo pessoal/Divulgação)

Parceiros musicais de longa data, João Bosco e Hamilton de Holanda fizeram o “dever de casa” após mais de dois anos afastados devido à pandemia. A dupla se encontrou há três semanas, no apartamento do compositor mineiro, no Rio de Janeiro, e montou o repertório para o retorno aos palcos.

O show que apresentarão nesta sexta (8), às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes, deve muito a esse reencontro caseiro, possibilitando ao público de Belo Horizonte conferir, em primeira mão, a versão feita para “Tarde”, composta por Milton Nascimento e Fernando Brant.

“Começamos a tocar juntos em 2005, quando ainda eu era careca e tinha um quinteto. Já temos um repertório grande e continuamos acrescentando”, avisa Holanda. Outra adição é “Abricó-de-Macaco”, de João Bosco, ganhadora do Grammy Latino de melhor canção em língua portuguesa.

Hamilton de Holanda define a parceria como uma “simbiose profunda”, em que se destaca uma parte rítmica muito forte, no violão e no canto, junto a levadas de bandolim”. Segundo o artista carioca, o resultado é “único, como se nascesse um novo instrumento”.

Esse caráter especial, explica Holanda, tem a ver também com o formato do show, em que “João Bosco canta as músicas e exibe a sua melodia, enquanto eu improviso” no instrumento. “É uma dinâmica muito particular, um equilíbrio perfeito entre a parte instrumental musical e a cantada”, afirma.

Ele assinala que, além de protagonista do espetáculo, há espaço para o Hamilton espectador. “Fico tocando ali amarradão, felizão, vendo e ouvindo um artista que está a cada dia melhor como cantor”, elogia. No ano passado, eles lançaram o álbum “Canto da Praya”, que reúne algumas das músicas do show.

A união no palco é marcada, segundo ele, pela ancestralidade do povo brasileiro. "Há também um perfil mouro, a partir de melodias que a gente ouve em músicas como 'Corsário'. E eu me dou muito bem com essa sonoridade. É o encontro do norte da África com a África negra", analisa.

SERVIÇO“Eu Vou pro Samba”, com João Bosco e Hamilton de Holanda. Hoje, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: entre R$ 180 e R$ 250, a inteira.

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