Jogamos 'Flynn: Son of Crimson', game Indie feio em Pixel Art

Marcelo Jabulas
@mjabulas
07/12/2021 às 10:03.
Atualizado em 14/12/2021 às 00:35
 (Studio Thunderhorse/Divulgação)

(Studio Thunderhorse/Divulgação)

A chegada da atual geração de consoles provocou uma corrida em busca do realismo visual. Novas tecnologias como ray tracing, que permitem simular a projeção da luz de acordo com o ângulo de visão do observador, é uma delas. 

No entanto, mesmo com luzes, sombras e imagens realistas, o veterano pixel art nunca sai de moda e nem perde o carisma. Uma prova disso é o game “Flynn: Son of Crimson”, que chegou em setembro para PC, PS4, Xbox One e Nintendo Switch.

Produzido pela Studio Thunderhorse, com montante de US$ 63 mil, arrecadados pelo Kickstarter em 2017, trata-se de um título de ação em estilo plataforma 2D. O game é uma ode aos jogos dos anos 1980 e 1990. 

Enredo

O game conta a história de Flynn, um jovem que tem como companheiro um cão gigantesco, chamado Dex. O animal é uma criatura mística que é atacada pelo vilão da história e tem sua energia sugada. Depois disso, cabe a Flynn enfrentar o inimigo e restabelecer as energias de seu fiel companheiro.

Diálogos

A história do game é tecida nos incontáveis diálogos, com os NPCs (personagens controlados pelo computador) que surgem pelo caminho. Com legendas apenas em inglês, é uma maneira de praticar o idioma.

Gráficos

Visualmente, os gráficos em arte de pixel, mostram um nível de detalhamento muito sofisticado, com texturas, sombras, inclusive feixes de luz muito elaborados. Tudo feito em pontinhos.

Elementos móveis, como pássaros, folhas caindo e galhos balançando, mostram o capricho da produção. O mapa do game também tem um tom nostálgico, que remete a clássicos como “Super Mario World” e “Donkey Kong Country”, em que as fases vão se abrindo e revelando o ambiente da trama.

Jogabilidade

“Flynn” é um legítimo game de plataforma. O jogador deve atravessar os cenários, enfrentar criaturas, coletar gemas, como em qualquer jogo do gênero.

O título também conta com quebra-cabeças e desafios que exigem que o jogador interaja com o cenário e vença obstáculos. Funções que deixam a aventura mais diversificada, sem focar apenas nos comandos de saltar e golpear.

Vale lembrar que, como se trata de uma produção com foco nos games do passado, o jogador tem pontos de vida limitados. E a cada morte, um percentual das gemas é perdido, como uma penalização pela falha. Pelo caminho, Flynn precisa realizar pequenas tarefas para abrir novas passagens. São desafios simples, que servem para criar imersão com o jogador e os personagens.

Palavra final

“Flynn: Son of Crimson” é um daqueles títulos gostosos de jogar. Os gráficos são simpáticos, assim como a trilha sonora e a história. 

Trata-se de um game independente, que não busca ser um grande medalhão, mas que mesmo assim é uma produção sofisticada e que merece atenção. Seus preços variam entre R$ 60 e R$ 105.

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