Jogamos 'Re:Call', game argentino que explora a essência e o padrão de jogar videogame
Jogamos “Re:Call” no Nintendo Switch: leve para rodar e consome cerca de 100 MB (Divulgação)
Uma das premissas dos games é a experimentação. Para vencer num jogo é preciso ir uma, duas ou centenas de vezes num mesmo caminho, aprender padrões e comandos. E não se trata de uma prática de jogos antigos. Ela também ocorre nos games modernos, mesmo com subterfúgios de roteiros que amplificam a imersão do jogador.
No game argentino “Re:Call” esse comportamento do ensaio e erro é levada ao extremo. O jogador se envolve numa aventura em que é preciso reiniciar várias vezes para conseguir informações e a combinação exata de elementos.
O game tem estilo retrô, com gráficos que lembram RPGs da gerações 8 e 16-Bits. Mas o progresso no game está justamente na forma que a cada tentativa, a cada novo caminho, o jogador recebe novas informações para avançar na trama.
Com cerca de 10 capítulos, o game oferece um tutorial que é fundamental para entender sua jogabilidade. O jogador assume o papel de Javier e invade uma fábrica e acaba sendo encurralado.
Nessa breve sequência, o jogador deve explicar como chegou até a sala do chefão. Para contar essa história, o jogador deve dar diferentes respostas e tomar variadas decisões.
A cada escolha há uma mudança no tempo presente. O segredo está na combinação certa de elementos, informações e respostas. Ou seja, o game explora justamente o comportamento que temos na maioria dos jogos.
A cada capítulo, a trama fica mais complexa, com novos personagens, novas interações, elementos e múltiplas variedades. O segredo está em armazenar informações na própria memória do jogador.
Trata-se de um jogo interessante, repleto de diálogos e histórias inusitadas. O jogador perde a noção do tempo ao tentar explorar e recolher elementos para avançar na história.
Por ser uma produção independente, seu valor não é elevado. O game tem edições para PC, Xbox Series X/S, Xbox One e Nintendo Switch.