RIADE - O jornalista saudita Wajdi al-Ghazzawi foi condenado a 12 anos de prisão nesta terça-feira (4) por ter "desobedecido o soberano" e por denegrir o reino, ao acusar o país de estar na origem do terrorismo, informou a agência de notícias oficial SPA. O condenado também foi acusado de ter tido "contatos com um inimigo da Arábia Saudita e de ter recebido uma quantia de dinheiro suspeita por parte dele", acrescentou a SPA. A agência não especificou a nacionalidade do suposto "inimigo" do reino. A imprensa local informa, porém, que o jornalista é acusado de ter recebido em 2009 dinheiro do antigo líder líbio Muammar Khadafi, quando as relações entre os dois países passavam por momentos de tensão. A Corte Criminal de Riad também proibiu o jornalista de deixar o território por um período de 20 anos, assim como de aparecer na mídia. Ele foi condenado por "desobediência ao soberano em um programa de televisão, incitando a revolta (...) denegrindo o reino e afirmando que o terrorismo e a Al-Qaeda foram criados pela Arábia Saudita". O jornalista também foi condenado por ter divulgado trechos do programa de TV na Internet e por ter acusado o reino "de insultar a população e negar seus direitos", completou a SPA.