Jovens empreendedoras abrem negócio de derivados da cana-de-açúcar

Junia Ramos
jramos@hojeemdia.com.br
21/08/2016 às 09:27.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:28
 (Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)

A “Douradinha Supernatural”, agroindústria de derivados da cana-de-açúcar, começou a ser planejada em 2012, e há um ano o projeto foi concretizado. “Nossos pais foram a nossa maior inspiração. Eles nos ensinaram a amar o que fazemos e a vida no campo”, diz uma das irmãs. 

A propriedade da família – o Sítio Rocha, como é chamado – fica na cidade de Tarumirim, no Vale do Rio Doce, e é considerada o retrato da Agricultura Familiar na região. Em média, 2 mil kg de açúcar mascavo e 3 mil rapaduras são produzidos no local, em uma safra de seis meses. 

Contando agora com uma estrutura maior, as empresárias pretendem atingir a meta de 500 kg de açúcar por mês, aumentando também a produção de rapadura. “Já abastecemos os armazéns da cidade e também fazemos venda direta para o consumidor. Com o aumento da produção, a intenção é atender outras regiões nas proximidades do município”, observa Joelma. 

Na propriedade, três hectares eram destinados para a plantação de cana. Com a concretização do projeto, elas investiram na expansão do canavial. Segundo Joelma, o processo de colheita da cana começa no mês de abril e vai até outubro, mas agora a intenção é produzir o ano inteiro. “Nos intervalos das chuvas conseguimos fazer isso”, afirma. 

As empreendedoras investiram R$ 59 mil para abrir a agroindústria e se dizem otimistas com o retorno do investimento. De acordo com elas, na região há poucos investidores e a procura pelo açúcar é muito grande. 

“Com certeza o lucro é garantido. O açúcar mascavo é mais saudável e as pessoas hoje estão buscando qualidade de vida”, observa Joelma. O açúcar é vendido por R$ 5 o kg; a rapadura, a R$ 4,50 a unidade.

RICA EXPERIÊNCIA

Joelma e Amarílis concretizaram outro sonho, o de levar a força do campo para a cidade ao participar pela primeira vez da 10ª Feira de Agricultura Familiar (AgriMinas) realizada em Belo Horizonte semana passada. Para a feira, elas produziram uma média de 1.300 kg de mercadoria que incluiu rapadura (no formato tradicional e também granulada), doce de mamão com coco e o famoso pé de moleque. Mais de 550 kg de açúcar também abasteceram o estande. “Tivemos um lucro significativo de R$ 4 mil nos três dias de feira. “O mais importante é poder levar nossa experiência como jovens produtoras rurais e mostrar para a juventude que é possível trabalhar e permanecer no campo”, diz Joelma. 

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