O secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, demitiu na semana passada a diretora do Museu da Cidade de São Paulo, Regina Ponte. Criado em 1993, o Museu da Cidade de São Paulo agrupa 11 casas históricas, além da antiga passagem conhecida como Beco do Pinto, do Monumento à Independência e do Pavilhão das Culturas Brasileiras.
Quem assumirá no lugar dela deverá ser o filósofo Afonso Luz, crítico de arte e pesquisador de estética e história da arte. Luz foi consultor do programa Monumenta (do Iphan, BID e Unesco) para Economia da Cultura, Artes Visuais e Crítica Cultural. Também assessorou o Ministério da Cultura na gestão de Gilberto Gil e coordenou o Programa Cultura e Pensamento.
Luz não quis confirmar ainda sua nomeação. Por telefone, ontem, disse que estava fora de São Paulo e ainda conversará detidamente com Juca Ferreira sobre o convite. Mas demonstrou conhecer profundamente a problemática da instituição.
"Já houve vários projetos, várias tentativas de se estabelecer esse grande museu da cidade. Mas, até agora, ele não teve um arranjo institucional sólido. É um grande desafio, estabelecer um programa de exposições com regularidade, orçamento. Está no programa de governo do Haddad", afirmou.
Procurada ontem pela reportagem, Regina Ponte não atendeu e também não retornou ligação para comentar seu desligamento, informado a ela na sexta-feira. Entre as exposições mais recentes do complexo de museus, está a da obra Recuo, de Iran do Espírito Santo, na Capela do Morumbi, uma pintura mural feita sobre um painel de madeira e gesso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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