Judocas não sentem pressão por substituírem medalhistas olímpicos no Mundial

Do Portal HD
24/10/2012 às 18:52.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:31
 (CBJ/Divulgação)

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A responsabilidade é grande, porém a pressão não assusta. Esse é o pensamento dos judocas Felipe Costa (81kg) e Eduardo Bettoni (90kg), que foram convocados para substituir, respectivamente,  Leandro Guilheiro e Tiago Camilo no Campeonato Mundial por Equipes da modalidade. Em fase final de treinamentos para o torneio, os atletas garantem que motivação é grande para levar o Brasil ao topo do pódio e prometem substituir a altura os medalhistas olímpicos.

“É normal existir ansiedade por substituir um atleta do quilate do Tiago Camilo, mas estou trabalhando esse lado psicológico para lutar bem no Mundial e ajudar o Brasil”, afirmou Eduardo Bettoni.

Enquanto boa parte dos judocas fará sua reestreia nos tatames, após disputarem as Olimpíadas de Londres, Eduardo Bettoni e Felipe Costa têm disputado diversas competições nacionais. “Estou numa sequencia muito boa de vitórias e títulos importantes para a minha carreira e, com certeza, é algo que pode fazer diferença”, afirma Bettoni.

Para Felipe Costa, todo atleta de alto nível deve estar sempre pronto para atender uma convocação da seleção brasileira. “Após o resultado do Brasileiro, onde fui campeão, e o corte do Leandro, já estava na expectativa de ser chamado. Agora, espero retribuir essa confiança da comissão técnica com bons resultados”, comentou.

Para o coordenador técnico internacional da Confederação Brasileira de Judô, Ney Wilson, o Brasil tem todas as chances de manter a tradição de subir no pódio no masculino e conquistar a inédita medalha no feminino.

“A equipe feminina está muito motivada com a chance de fazer história e conquistar pela primeira vez uma medalha num campeonato mundial por equipes. Já no masculino, temos um time com alguns desfalques em relação aos Jogos de Londres, mas, com a experiência de atletas como Leandro Cunha e Rafael Silva, unida com a vontade dos novatos, podemos manter a escrita de subir no pódio”, diz Ney Wilson.

Tradicionalmente disputado no formato individual, o judô é transformado em esporte coletivo nas disputas por equipes. Das sete categorias olímpicas individuais, apenas cinco lutam neste modelo (não há ligeiro nem meio-pesado). A cada rodada, todos os cinco pesos se enfrentam e a vitória vale um ponto. Não há empate (se o tempo regulamentar acabar empatado, há prorrogação com morte súbita “golden score” e, em seguida, decisão dos juízes).

O sábado (27) está reservado para a disputa feminina, a partir das 9 horas. Além do Brasil, competem, Japão, China, Mongólia, Coréia do Sul, Rússia, França, Alemanha, Turquia, México, Ucrânia, Estados Unidos, Argélia, Argentina e Grã Bretanha. No domingo (28), também às 9 horas, será a vez dos homens entrarem em ação. O Brasil terá como adversários pelo ouro Japão, Uzbequistão, Mongólia, Coréia do Sul, Geórgia, Rússia, Ucrânia, França, Estados Unidos, Argélia, Argentina, Grã Bretanha e China.

O Mundial por Equipes foi criado em 1994 e teve a primeira edição em Paris, na França. A capital francesa também recebeu as edições 2006 e 2011. Os demais mundiais por equipe aconteceram em Osaka (JPN/1997), Minsk (BLR/1998), Basel (SUI/2002), Pequim (CHN/2007), Tóquio (JPN/2008) e Antália (TUR/2010).

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