Juíza nega pedido de adiamento e júri do ex-policial "Bola" acontecerá nesta segunda

Milson Veloso e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia
22/04/2013 às 10:38.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:01
 (Maurício de Souza)

(Maurício de Souza)

A juíza Marixa Fabiane negou, na manhã desta segunda-feira (22), o pedido da defesa do ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos para adiar o julgamento dele no caso que envolve o desaparecimento e morte da ex-modelo Eliza Samudio. O júri acontece no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, na Grande BH.

Após relato em ata dos pedidos da defesa de "Bola", a juíza indeferiu a solicitação. Ela disse que não cabe a retirada da delegada Alessandra Wilke das investigações no Vale do Aço, o que havia sido requerido pelo advogado Ércio Quaresma. "Trata-se da apuração de um crime de grande comoção social e de muita importância para a sociedade", afirmou Marixa.

A magistrada indeferiu também o pedido sobre o recurso especial do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que segundo a defesa deveria ser avaliado primeiro no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para então dar o prosseguimento ao julgamento.

Sobre a presença do jornalista José Cleves da Silva, que foi arrolado como testemunha de defesa de "Bola", a juíza solicitou que ele seja conduzido coercitivamente para o Fórum. Ele não atendeu ao pedido de comparecimento feito pela defesa e nem mesmo foi ouvido por carta precatória.

Um outro pedido do advogado de Marcos Aparecido, Ércio Quaresma, era para que fosse concedido mais de duas horas para as ponderações preliminares. Marixa considerou o tempo já estipulado como suficiente e esse prazo não deve ser ampliado.

Em seguida, a juíza dispensou a presença de quatro pessoas convocadas para formar o Conselho de Setença. Uma delas foi uma grávida de 30 semanas. Uma outra mulher e dois homens também foram dipensados por motivos pessoais.

Ao todo, foram convocadas 25 pessoas para serem sorteadas e formar o Conselho de Setença. Foram 14 homens e 11 mulheres, porém, com a dispensa de quatro restaram apenas 12 homens e 9 mulheres. Dentre esses, sete serão escolhidos para compor o corpo de jurados. Defesa e acusação podem dispensar, cada um, até três nomes.

Após os pedidos de Ércio Quaresma, a juíza concedeu a palavra para o promotor Henry Vasconcelos. Ele se posiciou contra as alegações do defensor do ex-policial para que o julgamento fosse adiado.

Segundo o promotor, a retirada da delegada Alessandra Wilke das investigações no Vale do Aço prejudicariam os trabalhos por lá. Ele lembrou ainda que a defesa teve tempo suficiente para substituir o nome da autoridade por outra.

Acompanhe o julgamento em tempo real pelo Portal Hoje em Dia.

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