Grupos de professores puderam entrar nesta quarta, 29, e quinta-feira, 30, no câmpus da Universidade de São Paulo (USP) na zona leste da capital paulista, para retirar materiais de pesquisa. O acesso à unidade, interditada desde o dia 9, foi autorizado pela juíza da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, Laís Helena Bresser Lang Amaral, autora da decisão de fechamento.
Helena concedeu a permissão desde que fossem "tomadas as cautelas a fim de preservar aqueles que ingressarão no prédio". O pedido para entrar no câmpus foi feito sob o argumento de que era necessário verificar as condições ou até mesmo retirar materiais de pesquisas, que estão interrompidas ou prejudicadas com a interdição do câmpus.
Cálculos dos docentes indicam que na USP Leste há 250 auxílios à pesquisa concluídos e 40 em andamento, entre bolsas e financiamentos, com total de R$ 18,7 milhões repassados por agências do País e do exterior. Por volta de 40 pesquisadores da unidade atuam em laboratórios de ciências naturais e, nos de computação, 60. A USP Leste foi fechada pela Justiça, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), por causa da contaminação de gás metano no terreno da unidade. A Procuradoria Jurídica da instituição busca reverter a decisão judicial.
Volta às aulas
Ainda não foram definidos os locais que abrigarão as atividades acadêmicas da unidade Leste a partir do dia 17, data em que começa o primeiro semestre letivo da USP. Caso o câmpus permaneça interditado, grupos de professores e alunos se recusam a iniciar o semestre em salas improvisadas.
Temporariamente, alunos e professores da USP Leste tem usado o Instituto de Psicologia, no câmpus Butantã, zona oeste da capital, para a reposição de aulas referentes ao segundo semestre de 2013. Parte das classes ficaram atrasadas por causa da greve de 50 dias na unidade, entre agosto e setembro. As matrículas dos calouros de cursos da USP Leste serão feitas na Faculdade de Saúde Pública nos dias 12 e 13.
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