(Maurício de Souza)
Não muito diferente dos dois primeiros dias, a sessão desta quarta-feira (21) do julgamento de Bruno Fernandes e de dois outros reús começou com mais uma manobra dos advogados de defesa. O goleiro teve o julgamento desmembrado e o mesmo foi adiado para às 9 horas, do dia 4 de março de 2013, quando também serão julgados sua ex-mulher Dayanne Rodrigues e o ex-policial Marcos Aparecido Santos, o Bola. Os dois também conseguiram ter os processos desmembrados na segunda-feira (19) e na terça-feira (20), respectivamente. Com isso, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, fica sozinho no banco dos reús dentro do plenário, já que Fernanda Gomes Castro está em liberdade. A princípio, a justiça havia remarcado o julgamento para o dia 21 de janeiro, mas devido a dificuldade de arregimentar jurados em janeiro, por causa do período de férias, e fevereiro por causa do Carnaval, foi agendado para março.
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Ao ouvir a decisão da Justiça, Bruno Fernandes deixa o tribunal escoltado. Houve tumulto na saída dos advogados. Um grupo de mulheres gritou por "justiça" ao avistar os defensores. Eles ainda tentaram evitar a imprensa e foram rápidos nas respostas aos jornalistas.
A manobra foi articulada pelo advogado Lúcio Adolfo, que passou a integrar a defesa do goleiro nesta quarta, depois que o advogado Francisco Simim, até ontem único responsável pela defesa de Bruno, entregou uma petição à juíza concedendo plenos poderes à Lúcio Adolfo. Conforme o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Adolfo e Antonio Carlos Rolim são os advogados oficiais do goleiro. Ele pediu mais tempo para estudar o processo. Houve uma pequena discussão com o Henry Vasconcelos e a juíza Marixa Fabiane pediu sua agenda para remarcar uma nova data. Logo no início da sessão, Bruno e Luiz Henrique, o Macarrão, foram orientados por seus advogados. Os dois defensores trocaram algumas palavras com o réu, provavelmente para passar orientações que resultaram no desmembramento.
Imprevisível
Ainda no começo da sessão, por volta das 9 horas, Marixa surpreendeu a imprensa ao liberar o acesso de fotógrafos e cinegrafistas no plenário. Na terça-feira (20), ela proibiu que os profissionais voltassem a fazer imagens, depois que alguns desobedeceram uma ordem para deixar o salão. Antes de iniciar o julgamento, eles se reuniram com assessores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para definir a situação.
Após um acordo, as primeiras imagens do dia foram feitas. Bruno, que novamente está sentado próximo a parede, virou o rosto ao ser fotografado.
Macarrão, sentado logo atrás dele, demonstrava nervosismo ao bater repetidamente com as mãos nas pernas.