Juro baixo deixa pagamento de imposto à vista mais vantajoso

Paulo Henrique Lobato
phlobato@hojeemdia.com.br
02/01/2020 às 06:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:09
 (Paulo Henrique Lobato)

(Paulo Henrique Lobato)

Com o baixo rendimento da caderneta de poupança, uma orientação é praticamente unânime entre economistas e administradores: aproveite os descontos dos tradicionais tributos de início de ano, como o IPTU e IPVA, e quite-os à vista se não estiver endividado.

Por mais que os percentuais dos descontos pareçam pequenos, o seu bolso irá agradecer, pois a poupança fechou 2019 com rendimento anual em torno de 3,1%.Paulo Henrique Lobato / N/A

Dona Maria de Lourdes pagará IPVA e IPTU à vista

Já o desconto do IPTU na capital mineira, por exemplo, é de 5% para quem quitar o valor à vista ou antecipar ao menos duas das 11 parcelas. No caso do IPVA, o desconto é de 3%, mas o percentual pode subir para 9% se o proprietário do veículo tiver quitado em dia o mesmo tributo nos anos de 2019 e 2018.

Maria de Lourdes Otoni, que ganha a vida como comerciante, já fez as contas: “Vale muito a pena pagar os impostos à vista e aproveitar os descontos”, relata.

Para 2020, o IPTU do imóvel onde mora, no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, será em torno de R$ 4,5 mil. Com o desconto de 5% à vista, economizará R$ 225.

Este valor será usado no pagamento do IPVA do carro da família, cujo tributo será de R$ 1.450. Como ela quitou 2018 e 2019 em dia, terá direito aos 3% deste ano mais aos percentuais dos exercícios anteriores. Neste caso, a economia será de R$ 130.

Desta forma, Maria de Lourdes irá economizar R$ 355 com o pagamento à vista do IPTU (R$ 225) e do IPVA (R$ 130). “Não teria este rendimento na caderneta de poupança”, justifica a comerciante.

Os R$ 335 economizados chegam a quase 6%, praticamente o dobro da remuneração da poupança no ano passado.

Em tempo de economia fraca, toda programação financeira é importante. Victor Loyola, sócio e CEO da fintech Consiga+, destaca que é possível se organizar e colocar em prática o tão desejado sonho de começar o ano guardando dinheiro.

“O limite do cartão de crédito é sempre maior do que nosso salário, o que, num primeiro momento, causa até certo alívio. Mas aí a fatura vem e pega muita gente de surpresa. Isso acontece porque a maioria das pessoas usa o cartão para pagar despesas do dia a dia e contas muito pequenas, como um cafezinho. O ideal é usar o cartão apenas para pagar valores altos, que precisamos parcelar. No parcelado, todo cuidado é pouco. Quando você se dá conta, pode ter seu limite comprometido por muito tempo com os parcelados e isso vai gerar dificuldades para que pague a fatura integral no caso de algum imprevisto”, alerta.

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