O delegado que confessou ter atirado e matado um motorista de caminhão reboque na avenida do Contorno, no Centro de Belo Horizonte, após uma briga de trânsito, responde na Justiça por homicídio.
Isso ocorre após a denúncia ofertada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ser aceita pela Justiça, que converteu a prisão temporária em prisão preventiva.
“A decretação da prisão preventiva também é necessária para assegurar o andamento da instrução criminal”, diz a juíza Bárbara Heliodora Quaresma Bomfim na decisão.
Segundo a magistrada, a liberdade do delegado poderia impor às testemunhas “relevante temor, impedindo que elas tenham a devida isenção para prestar esclarecimentos.
Na denúncia, o MPMG cita que o crime foi cometido por motivo fútil e com recurso que dificultou a defesa da vítima. O órgão também diz que o crime foi cometido “por quem deveria proteger a sociedade contra ilícitos”.
O delegado atirou contra o motorista de reboque durante uma briga de trânsito no dia 26 de julho, na avenida do Contorno, na região Central de BH. Ele foi preso no dia 30 do mesmo mês, depois de ser indiciado pela corregedoria por homicídio qualificado por motivo fútil.
O delegado alega legítima defesa tendo em vista que, segundo ele, o motorista teria tentado atropelá-lo durante a briga. No entanto, uma das testemunhas relatou que o agente de segurança teria efetuado o disparo logo que desceu do carro, sem reação prévia da vítima.