O sigilo da investigação policial que apura a responsabilidade por mortes ocorridas numa UTI de Curitiba foi derrubado pela Justiça no início da noite desta segunda-feira (25). Foi esse inquérito que levou à prisão de cinco pessoas (quatro médicos e uma enfermeira) sob suspeita de terem causado a morte de pacientes no Hospital Universitário Evangélico. Todos negam as acusações. A derrubada do sigilo havia sido solicitada pelos advogados da médica chefe da UTI, Virgínia Helena Soares de Souza - que está presa em caráter preventivo - e também, mais recentemente, pela delegada que investiga o caso. Por causa do segredo de Justiça, até então, nem a polícia nem os advogados de defesa podiam divulgar informações detalhadas sobre o caso, como os fatos que embasaram a prisão dos profissionais do hospital. Nesta tarde, diretores do Hospital Evangélico defenderam, em entrevista à imprensa, o sigilo das investigações, que já duram cerca de um ano. Para o advogado Glaucio Antonio Pereira, que representa o hospital, o segredo sobre o inquérito seria necessário para "não provocar um pânico social" e "assegurar a tranquilidade das pessoas". Com a queda do sigilo, a Polícia Civil informou que dará uma entrevista à imprensa sobre o caso na tarde de terça-feira (26).