A greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais continua irregular. Na quarta-feira (23), o desembargador Raimundo Messias Júnior rejeitou pedido do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) para suspensão da liminar favorável ao Governo do Estado.
A paralisação dos profissionais começou em 9 de março, e, no dia seguinte, o Tribunal de Justiça de Minas deferiu decisão que suspendia a greve. Com a rejeição do pedido de suspensão, a medida ainda é válida.
Mas a categoria mantém a mobilização nas escolas e não abre mão das manifestações. Na segunda-feira (28), estão programados atos locais e regionais das lideranças sindicais, e na quinta-feira (31), realiza nova assembleia estadual da greve.
Em nota, o Sind-UTE argumentou que o mérito definitivo do recurso ainda não foi julgado.
"Trata apenas de uma decisão do relator desembargador que manteve a liminar já concedida anteriormente sem qualquer modificação", explicou o órgão. Também consta em nota publicada que não há determinação de lançamento de falta comum aos servidores que aderirem à greve. Conforme o sindicato, um memorando da Secretaria de Estado de Educação (SEE) aponta que deve ser lançada a chamada "falta-greve".
A greve dos professores estaduais pede que o Governo de Minas pague o reajuste de 33,24% do piso nacional da categoria. Sem acordo até o momento, a paralisação dura cerca de duas semanas.