Além da prisão, juíza entendeu que condutor assumiu "o risco", o que pode enquadrar o crime em possível dolo eventual
(Redes sociais / Reprodução)
O motorista do Porsche que bateu em alta velocidade em Belo Horizonte permanecerá preso. Nesta terça-feira (12), a Justiça converteu a prisão em flagrante para preventiva durante audiência de custódia. A juíza responsável também entendeu que o condutor assumiu "o risco", o que pode enquadrar o crime em possível dolo eventual.
O passageiro que estava no carro de luxo morreu na hora após ser arremessado para fora com o impacto da batida. Além do óbito, o documento assinado pela juíza Juliana Miranda Pagano reforçou que as circunstâncias do acidente “são graves”. A magistrada citou os fragmentos do veículo espalhados por cerca de duzentos metros da via.
"Demonstra velocidade claramente incompatível com o local para o qual está prevista velocidade máxima de 60 km. Portanto, a conduta do autuado colocou em risco a integridade física dos demais usuários, transeuntes e motoristas da via pública”.
A suspeita é que o Porsche estava a uma velocidade de 260km/h ao passar pela avenida Barão Homem de Melo, na altura do bairro Estoril, região Oeste, na madrugada de segunda-feira (11). Após a colisão, o motorista se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas militares que atenderam a ocorrência detectaram sinais de embriaguez.
“Diante do exposto, converto a prisão em flagrante em prisão preventiva do autuado", destacou a juíza.
Homicídio doloso
Juliana Pagano também falou sobre a tipificação do crime. Segundo ela, os autos sugerem um suposto homicídio doloso, "na medida em que o autuado teria assumido o risco de produzir o resultado morte”.
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