Kalil chama vereadores de ‘boçais’ por veto a empréstimo de R$ 900 mi para obras na Vilarinho, em BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
10/08/2021 às 17:00.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:39
 (Google Street View/Reprodução)

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O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), atacou os vereadores da Câmara Municipal que votaram contra o empréstimo de R$ 900 milhões para obras de saneamento e urbanização na região da avenida Vilarinho, em Venda Nova. Em entrevista à Rádio Itatiaia, nesta terça-feira (10), ele os chamou de “boçais”. 

“Aqueles boçais que estavam lá, aqueles politiqueiros, acharam que eu ia usar o dinheiro. Isso é de uma inocência absoluta, de uma falta de conhecimento de obra pública. Provavelmente nem no meu mandando, nem no próximo, aquela obra vai sair”, afirmou o chefe do Executivo da capital.

Anteriormente, o mandatário havia sido questionado sobre o Rodoanel Metropolitano. Segundo Kalil, as obras só devem ficar prontas daqui 15 anos, muito tempo depois do previsto, que é de quatro anos a partir de 2023.

Em resposta, o gestor belo-horizontino exemplificou com o Projeto de Lei rejeitado pela CMBH. “Eles são (boçais), e não tiro uma palavra do que eu disse. Porque fazer política com miséria alheia é igual ganhar voto em cima de caixão”, acrescentou.

Ao Hoje em Dia, a vereadora Marcela Trópia (Novo), uma das opositoras à gestão, afirmou que a declaração não surpreende e “chega a ser pouco estratégica”, já que a Casa está discutindo o auxílio emergencial proposto pelo município.

“A Câmara não vai tomar decisões baseadas somente em aspectos políticos, mas torna o diálogo mais difícil com a prefeitura quando o chefe do Executivo joga uma bomba como essa, desrespeitando os vereadores”, disse.

Além disso, ela justificou o motivo pelo qual o grupo vetou a concessão da verba à administração. “Já víamos outras obras sendo feitas na região e não conseguimos entender qual parte não tinha sido cumprida para a necessidade de mais dinheiro. Faltou transparência da prefeitura”, completou.

Com 27 votos a favor e 12 contra, o texto foi rejeitado em segundo turno, em votação realizada em março deste ano. Eram necessários 28 votos para a aprovação.

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