(Amira Hissa/ Divulgação 08/10/2016 | Alexandre Mota/ Divulgação)
O candidato Alexandre Kalil conseguiu na Justiça a suspensão imediata de um vídeo utilizado pela campanha do oponente João Leite. Na filmagem, o ex-dirigente do Atlético é entrevistado no programa ‘Aqui com Benja’, no canal a cabo Fox Sports.
Quando perguntado pelo apresentador sobre religião, Kalil diz “não me chame para ir para a igreja não, que é um saco ir pra igreja rezar”. Em outro trecho, Kalil diz que pastor quer “tomar” os 10% do dízimo.
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As imagens vinham sendo usadas pela equipe do tucano, que o acusava de não ter respeito às religiões. Segundo a assessoria de imprensa da campanha de Kalil, o vídeo foi editado e estava fora do contexto da disputa eleitoral.
Foi mais um enfrentamento dos adversários, que defendem que os embates são bons para mostrar ao eleitorado a verdadeira face do candidato rival.
Agressividade
Questionado ontem se a grande abstenção de eleitores está relacionada ao descontentamento com a agressividade dos candidatos, João Leite respondeu que “campanha eleitoral é dessa maneira mesmo”.
“A população me conhece. São 61 anos vivendo aqui, trabalhando em BH, pagando as minhas contas, pagando os meus funcionários em dia. A população tem o direito (à informação) e eu tenho o dever de dizer. Alguém que defende o trabalhador, que está com dó do pobre, pega R$ 2,2 milhões e coloca na sua campanha?”, disse João Leite, antes de participar de um encontro com servidores da PBH, no Centro.
Em cumprimento de agenda no bairro Palmeiras, Kalil afirmou que apenas se defende dos ataques de João Leite. “Eu me defendo. Não sou mulher de marido covarde. Se ele vier, tem pra ele como sempre teve. Para falar dos outros tem que ser muito mais limpo e correto, não ter defeito. E pelo que estou levantando ele tem muito mais do que eu achava que tinha”, afirmou o ex-presidente do Atlético.