Latrocínio cresce quase 30% na capital paulista em 2013

Elaine Patricia Cruz - Agência Brasil
26/08/2013 às 18:53.
Atualizado em 20/11/2021 às 21:20

SÃO PAULO – De janeiro a julho deste ano, o número de latrocínios (roubo seguido de morte) cresceu 29,4% na capital paulista, segundo balanço mensal de ocorrências policiais que foi divulgado nesta segunda-feira (26) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Nos primeiros sete meses do ano passado, ocorreram 68 mortes em decorrência de roubo, enquanto neste ano houve 88 mortes. Em todo o estado, o número de latrocínios passou de 209 nos primeiros sete meses do ano passado para 234 este ano, um aumento de quase 12%. Segundo o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, os crimes de latrocínio são uma das maiores preocupações do governo de São Paulo.   “Sempre disse que latrocínios e roubos são os crimes que mais nos preocupam porque são os que mais impactam na sensação de segurança. Ainda há muito a ser feito, mas estamos adotando uma série de medidas, que exigem algum tempo para serem adotadas ou implantadas”, disse o secretário.   O número de vítimas de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) também cresceu no período tanto na capital quanto em todo o estado. Na capital, o número de vítimas de homicídios dolosos passou de 724 para 746 casos, enquanto no estado passou de 2.691 ocorrências para 2.715.   O caso de estupros também cresceu no período, passando de 1.721 casos para 1.834 casos na capital e, no estado, passando de 7.212 ocorrências para 7.444 nos primeiros setes meses do ano.   Apesar dos números terem crescido nos primeiros sete meses do ano, os dados mostram uma tendência de queda na comparação mês a mês. O número de vítimas de homicídios dolosos no estado de São Paulo caiu no mês de julho, passando de 371 vítimas em junho para 332 em julho, menor número registrado em todo o ano. Em comparação a julho de 2012, também houve queda, quando foram registradas 380 vítimas de homicídios. Na capital paulista, as vítimas de homicídios dolosos caíram de 115, em junho, para 87, em julho, o menor número para o mês de julho dos últimos 12 anos, de acordo com os dados da secretaria. Em julho do ano passado, foram 102 vítimas de homicídios, representando queda de 7,6% na comparação.   Os registros de latrocínio (roubo seguido de morte) subiram de 30 mortes em junho para 31 em julho, e manteve estabilidade em relação ao mesmo mês do ano anterior (31 mortes).   Para o secretário, os números demonstram uma tendência de queda nas ocorrências. “Não é nada definitivo, mas é uma tendência de queda”, disse. No entanto, ele ressaltou que há muito a ser feito para diminuir os números de violência em São Paulo. “Os indicadores não nos deixam satisfeitos. Precisamos continuar o trabalho de aprimoramento”.   Segundo o secretário, o pico de violência do segundo semestre do ano passado em todo o estado, com indicadores elevados de ocorrências, foi interrompido e a expectativa agora é que os números continuem em queda. “Interrompemos aquele ciclo de violência. Estamos investindo em trabalho de inteligência para apoiar a investigação, que é fundamental para se evitar novos crimes. Integração, investigação e inteligência são as três linhas que entendemos que podem conduzir, ao lado de medidas estruturantes, um trabalho que apresentará, no futuro, resultados positivos”.

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