Lavar motor: cuidado!

27/07/2016 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:01

Sábado foi eleito o dia nacional de se lavar automóvel. O carro estacionado no jardim ou no passeio, seu dono de short, sandália e camiseta, a “loura gelada” do lado, mangueira d’água, shampoo, pano, aspirador para os carpetes...

Nenhum problema: além de deixar o carro limpo ainda é um ótimo relaxante. Só tem um inconveniente: daqueles que adoram abrir também o capô e lavar motor e sua região próxima, para deixar tudo limpinho e brilhando.

E não hesitam em esguichar um belo jato de água, nem um pouco recomendável. Pois água pressurizada na região do motor pode provocar danos irremediáveis, na eletrônica e no saldo bancário. 

Ao contrário de vinte ou trinta anos atrás, quando dificilmente se danificava alguma coisa, este espaço foi o que recebeu a maior parte da gigantesca parafernália eletrônica que equipa atualmente o automóvel. Além da central eletrônica, tem módulo, relê, comandos, acionadores e uma pilha de outros componentes.

Hoje, o problema de se lavar o motor é a possibilidade de entrarem gotículas de água dentro da central eletrônica. E aí, a oxidação pode não ser imediata, mas, passados alguns dias, o motor se nega a pegar e o dono não faz nem ideia do que pode ter causado o problema: ferrugem nas peças internas da central.

No passado, lavar o motor com mangueira de água poderia, no máximo, molhar a parte interna do distribuidor e o carro imediatamente se recusava a “pegar”. Mas bastava tirar a tampa do distribuidor e atacar com um bom fluxo de ar ou enxugar com um paninho o platinado e o rotor. Hoje, o “buraco é mais embaixo” e a central geralmente exige substituição completa, ou de vários de seus componentes. Um belo rombo no saldo bancário se o carro for nacional. Importado? Multiplique o rombo por três ou quatro!

Quer mesmo limpar o motor? Use um pano umedecido e nada mais!

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