A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está mais perto de conquistar 20% do mercado de distribuição no Brasil, meta da estatal mineira e índice máximo permitido pela regulamentação do setor. A Cemig é forte candidata na disputa pelo controle da Companhia Energética de Goiás (Celg), que entrou no Programa Nacional de Desestatização (PND) e, portanto, vai a leilão, conforme decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff na quarta-feira. Com cerca de R$ 3 bilhões em dívidas, o certame da Celg deve girar em torno de R$ 6 bilhões. “Se a Eletrobras assumir as dívidas da Celg, o interesse da Cemig fica maior”, afirma uma fonte que pediu para não ser identificada. Do ponto de vista de ganho de escala, na avaliação do diretor-executivo da Safira Energia, Mikio Kawai Junior, comprar participação majoritária na empresa goiana é um bom negócio. Como Minas faz fronteira com Goiás, não seria tão difícil administrar a Celg. “A distribuição da energia em Goiás seria feita como uma extensão natural do que é realizado em Minas. Precisaria levar a administração para Minas com o objetivo de reduzir gastos”, diz. Se o negócio for fechado, o grupo Cemig, que hoje detém 14% da energia distribuída no Brasil, saltaria para 17,8%, com base nos números de 2014. No que diz respeito à quantidade de clientes, o grupo mineiro, que hoje fornece energia a 11,7 milhões de clientes (incluindo os consumidores da Light, no Rio de Janeiro), passaria a abastecer outras 5,7 milhões unidades consumidoras. Ou seja, em números de clientes atendidos, a Cemig iria superar a Eletropaulo, a maior do Brasil. No entanto, o Analista de Utilities da Lopes Filho, Alexandre Montes, ressalta que a Celg é uma empresa problemática, com quase R$ 3 bilhões em dívidas.Procurada, a Cemig não se pronunciou.

Economia e Negócios

Primeiro Plano

leilão

Goiás