Leilão de linhas de transmissão de energia vai injetar R$ 402 mi em Minas

Luciana Sampaio Moreira
Primeiroplano@hojeemdia.com.br
14/03/2018 às 22:28.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:52
 (Eletrobras/divulgação)

(Eletrobras/divulgação)

As regiões Norte e Noroeste de Minas Gerais são as únicas do Estado listadas no primeiro leilão de transmissão de energia anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), para este ano. Até 15 de abril, a minuta será discutida em audiências públicas realizadas em diversos locais.

Com investimento estimado de R$ 402,4 milhões e geração de 1.006 empregos diretos apenas para Minas Gerais, o leilão viabilizará o escoamento do já conhecido potencial de geração solar das regiões, como ressalta o deputado estadual e presidente da Comissão de Minas e Energia da ALMG, Gil Pereira (PP).

“O leilão será importante porque garantirá o escoamento da produção, por meio das linhas de transmissão. Isso atrairá novos negócios e mais investidores. Minha expectativa é a de que o preço do megawatt seja ainda menor desta vez. A competitividade do setor depende dessa iniciativa”, destacou.

Na venda realizada em 2014/2015, a cotação do megawatt ficou em R$ 300. No final de 2017, chegou a R$ 126, bem próximo da energia eólica. “Muitas empresas que procuram energia limpa, de boa qualidade e com preços competitivos vão migrar para o Norte de Minas”, projetou o deputado.

Destinos 
O leilão será dividido em 24 lotes com 60 empreendimentos em 18 estados. Deles, o de número 21, o único direcionado para Minas Gerais, inclui as linhas de transmissão e subestações LT 230 kV Janaúba 3 - Jaíba, CD, C1 e C2, com 94 km; LT 345 kV Pirapora 2 - Três Marias, C1, com 108 km; SE 230/138 kV Jaíba - 230/138kV (6+1R) x 33,3 MVA; SE500/230/138 kV Janaúba 3, transformação 500/230 kV, com (6+1R) x 100 MVA.

As instalações devem entrar em operação comercial no prazo de 36 a 60 meses a partir da data de assinatura dos contratos de concessão.
Em âmbito nacional, os empreendimentos totalizarão 3.954 quilômetros (km) de linhas de transmissão e 13.866 mega-volt-amperes (MVA) de capacidade de transformação de subestações, com investimentos de R$ 8,9 bilhões.

Os interessados podem ter acesso às minutas do Edital do Leilão nº 02/2018-Aneel, do contrato de concessão resultante, bem como dos seus anexos técnicos e apêndices relativos aos modelos de contratos entre agentes.

As contribuições à minuta do edital podem ser enviadas até o dia 13 de abril deste ano, para o e-mail ap013_2018@aneel.gov.br ou por correspondência para o endereço da Aneel, na SGAN, Quadra 603, Módulo I, Térreo, Protocolo Geral, CEP: 70830-110, em Brasília (DF).

  

Efficientia planeja investir neste ano em empreendimentos de geração distribuída 

O potencial energético da região Norte e Noroeste de Minas Gerais também está no “radar” dos negócios da Efficientia, empresa do grupo Cemig. Para 2018, a companhia está preparada para investir cerca de R$ 30 milhões em empreendimentos de geração distribuída, em usinas com capacidade de até 5 quilowatts. 
Segundo o presidente da companhia, Alexandre Heringer, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), por meio das resoluções 482 e 687, ampliou os limites para os empreendimentos de geração distribuída nas modalidades fotovoltaica, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH de até 3 megawatts), biomassa, biogás, eólica e de geração qualificada.

Parcerias
“Nossa previsão para 2018 é chegar em dezembro com 20 megawatts já instalados. Vamos construir as usinas por meio de parcerias, que já estão em negociação. A Efficientia ficará com 49% das ações para garantir uma gestão de empresa privada dos negócios, com agilidade na tomada de decisões e, também, financiamentos”, ressaltou.

Uma usina fotovoltaica custa em média R$ 25 milhões. Com aportes compartilhados, o número de empreendimentos pode aumentar rapidamente. 
Segundo o executivo, empreendimentos do gênero geram benefícios para as regiões contempladas. “As usinas levam desenvolvimento porque qualificam a mão de obra local, incrementam os negócios imobiliários e, após a instalação, mantêm equipes de profissionais responsáveis pela operação e manutenção na região”, explicou. 

 Projeto da Cemig prevê aporte de 
R$ 24 milhões em energia fotovoltaica 

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou a instalação da primeira usina de geração de energia fotovoltaica do Brasil. O projeto de Pesquisa & Desenvolvimento no valor de R$ 24,4 milhões, será realizado em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens, no espelho d’água do reservatório da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Marta, localizada em Grão Mogol, na região Norte de Minas.

Segundo o Atlas Solarimétrico de Minas Gerais, estudo realizado pela Cemig, esta é a região que possui o melhor potencial de energia de geração solar do Estado.

Abastecimento
O projeto prevê a instalação de células fotovoltaicas com potência total de 1,2 MWp (megawatt-pico). Assim a usina híbrida passará a ter uma potência total de 2,2 MW, no momento de maior radiação solar do dia, para abastecer 1250 famílias de 21 municípios do semiárido mineiro, no entorno do reservatório.
O diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Cemig, Thiago de Azevedo Camargo, afirmou que a usina vai permitir geração de emprego e renda com o aproveitamento da mão de obra local. 

Projeto
A instalação das células fotovoltaicas e a supervisão, controle a automação da conexão das fontes de energia ficarão sob responsabilidade da PUCMinas e das subsidiárias da Cemig, Axxiom Soluções Tecnológicas e Efficientia S.A.. (LSM).
 

  

  

  

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