Câmara de BH

Léo Burguês nega acusação de rachadinha e reclama de vazamento do inquérito

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 30/01/2023 às 17:14.
"Não haverá proteção a nenhum colega que cometeu crimes", afirmou Gabriel Azevedo, presidente da Câmara, durante coletiva nesta segunda-feira (30) (Hermano Chiodi)

"Não haverá proteção a nenhum colega que cometeu crimes", afirmou Gabriel Azevedo, presidente da Câmara, durante coletiva nesta segunda-feira (30) (Hermano Chiodi)

O vereador Léo Burguês (União) negou as acusações feitas pela Polícia Cívil que indiciou o parlamentar de Belo Horizonte pelo crime de lavagem de dinheiro e "rachadinha", que é a prática de desviar parte do salário de servidores nomeados por ele para benefício próprio. 

"Lamentável que tudo isso esteja acontecendo por causa de um vazamento por parte da autoridade policial", afirmou o vereador. Segundo ele, nesta terça-feira (31) haverá uma reunião com a Procuradoria-geral do Ministério Público estadual para tratar do assunto. 

A denúncia contra Léo Burguês foi divulgada na sexta-feira (27), mas o vereador manteve silêncio e se pronunciou apenas nesta segunda-feira (30), após interromper uma entrevista coletiva que estava sendo concedida pelo presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido). A coletiva havia sido marcada justamente para apresentar os encaminhamentos que serão dados na CMBH ao caso.

Sem proteção 
Gabriel Azevedo, presidente da Câmara, falou que no que depender dele "não haverá proteção a nenhum colega que cometeu crimes".

Segundo o presidente, um pedido de cassação contra Léo Burguês foi protocolado e encaminhado à Procuradoria da Câmara, que terá prazo até o final de fevereiro para se manifestar sobre as acusações. 

Depois disso, um parecer será apresentado à presidência da Casa e caberá ao vereador Gabriel decidir se abrirá ou não um processo de cassação. 

Em paralelo 
Outra investigação contra Léo Burguês corre na Corregedoria da Câmara e está a cargo do vereador Marcos Crispim (PP).

Além das acusações de rachadinha, o corregedor investiga também a briga em plenário no dia da eleição para presidência da Câmara, que envolveu Léo Burguês e vários vereadores. Mas, neste caso, segundo Gabriel Azevedo, apenas Léo Burguês será investigado.

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