O recluso líder do Taleban, mulá Mohammad Omar, disse nesta terça-feira que seu grupo deseja iniciar negociações de paz, embora ele mesmo incite mais ataques contra tropas estrangeiras.
Em longa e abrangente mensagem de e-mail, o mulá Omar responsabilizou os Estados Unidos e o governo afegão pela paralisação das negociações, dois meses atrás. Ele também pediu um boicote às eleições presidenciais do ano que vem, descrevendo-as como manipuladas pelos Estados Unidos.
Em mensagem emitida antes do Eid al-Fitr, feriado que marca o fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã, o líder caolho da insurgência afegã pediu que o Exército e a polícia apontem suas armas para forças estrangeiras, funcionários do governo e tropas afegãs que cooperam com as forças da coalizão, lideradas pelos Estados Unidos. O documento de cinco páginas foi enviado por e-mail para empresas de comunicação.
Usando um tom conciliatório no restante da mensagem, ele negou que os insurgentes queiram monopolizar o poder no Afeganistão e disse que seu grupo é favorável ao que descreveu como "um governo afegão inclusivo com base em princípios islâmicos".
O líder não é visto desde que fugiu de motocicleta de uma vila do sul do Afeganistão três meses após a invasão norte-americana do país, em outubro de 2001. Não há gravações conhecida de sua voz desde o início de 2002 ou qualquer fotografia do mulá Omar. Ele se comunica principalmente por meio de mensagens transmitidas por seus porta-vozes.
Fonte: Associated Press.
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